Para o restante do ano, Cazares e Arrascaeta têm missão comum de vencer 'efeito vaga-lume'

Alexandre Simões, Henrique André e Frederico Ribeiro
esportes@hojeemdia.com.br
18/05/2017 às 10:30.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:35

A camisa 10 é sagrada no futebol brasileiro. Há décadas, é quase que a indicação do craque do time. Atlético e Cruzeiro não fogem à regra. O equatoriano Cazares e o uruguaio Arrascaeta são diferenciados. O problema é que eles não conseguem vencer a irregularidade e romper a linha que os separa da prateleira de cima.

A história dos dois, desde que chegaram aos seus respectivos clubes, é um caminho de altos e baixos, com uma trajetória que faz os torcedores viverem em relação a eles momentos de euforia e depressão.

Este ano, não tem sido diferente. Quem viu os 45 minutos finais do empate por 1 a 1 do Atlético contra o Flamengo, no Maracanã, no último sábado, pelo Brasileirão, ou a goleada por 4 a 1 sobre o Godoy Cruz, da Argentina, na última terça-feira, no Independência, que garantiu ao Galo a primeira colocação do Grupo 6, não consegue imaginar como Cazares era reserva do time de Roger Machado há uma semana.

A explicação é simples. Cazares começou a temporada como titular do Atlético. Mas perdeu a posição por não conseguir manter uma regularidade nas suas atuações, numa história que já tinha sido vivida ano passado sob o comando de Diego Aguirre e Marcelo Oliveira.
No período em que passou na reserva, jogadores com uma capacidade técnica inferior à sua foram usados por Roger Machado.Bruno Cantini/Atlético e Washington Alves/Cruzeiro

TRANSFORMAÇÃO
Roger Machado que demonstra ter como uma das suas frentes na Cidade do Galo promover a transformação de Cazares.

Após o meia marcar duas vezes na goleada por 5 a 1 sobre o Sport Boys, da Bolívia, na semana passada, em Santa Cruz de la Sierra, o treinador dedicou grande parte da sua coletiva à análise do seu camisa 10.

“É um jovem talentosíssimo, que, tecnicamente, a gente não precisa falar mais a respeito dele. Agora, taticamente, gradualmente venho introduzindo alguns conceitos nele, principalmente, para que se torne não só meia articulador”, garantiu o comandante alvinegro, que completou: “É um jovem. E se estiver disposto a aprender eu tenho muita vontade em passar orientação”.Editoria de Arte/Hoje em Dia / N/A

RESERVA
Na sua terceira temporada vestindo a camisa 10 cruzeirense, Arrascaeta não lembra nem de longe, nos últimos jogos, o meia que começou o ano carregando a expectativa de que seria o maestro do time de Mano Menezes em 2017.

Nas últimas partidas, os dribles desconcertantes e os gols perderam espaço para um jogador previsível, que passa a sensação em determinados momentos de que está desligado do jogo.

Este tipo de problema já o levou para o banco de reservas, em 2015, com Vanderlei Luxemburgo e com o próprio Mano Menezes, que nunca escondeu sua admiração pela qualidade do futebol de Arrascaeta e por tudo que ele pode significar, externando, inclusive, que montou seu time este ano para dar liberdade ao uruguaio.

Presenças constantes nas listas de convocados das seleções dos seus respectivos países, os dois carregam o mesmo sonho: disputar a Copa do Mundo da Rússia, no ano que vem. Atleticanos e cruzeirenses esperam que este objetivo seja alcançado graças, principalmente, a grandes atuações de Cazares e Arrascaeta com as camisas 10 de Galo e Raposa no restante da temporada de 2017. Apoio para isso não vai faltar. Roger Machado e Mano Menezes garantem. 

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