Para se reforçar Cruzeiro adere a velha política de troca de jogadores

Felippe Drummond Neto
fneto@hojeemdia.com.br
27/04/2016 às 18:46.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:09
 (Cruzeiro/Divulgação)

(Cruzeiro/Divulgação)

A política de contratação adotada pelo Cruzeiro este ano, via troca de jogadores com outros clubes, não é nenhuma novidade para o time cinco estrelas. Somente em 2016, a equipe celeste já fez o 'troca-troca' com três equipes diferentes.

Na noite da última terça-feira (26), acertou com o Palmeiras a troca do lateral-direito Lucas e do meia Robinho, que chegam ao Cruzeiro, pelos laterais Fabrício (esquerda) e Fabiano (direita).

Além destas contratações, a Raposa já havia feito no início da temporada outras duas trocas. Para assinar com o atacante Douglas Coutinho, do Atlético-PR, o Cruzeiro cedeu o zagueiro Paulo André e o lateral-esquerdo Pará. Com o Internacional, o time celeste trocou o atacante Marquinhos por Fabrício, que agora vai para o Palmeiras.

Histórico
Apostar na troca de jogadores não é novidade para o Cruzeiro. Em 1996, o clube fez com o São Paulo a maior troca de sua história. Cedeu aos paulistas o lateral-direito Belletti e o lateral-esquerdo Serginho, que na época eram dois jogadores jovens e promissores. E recebeu seis jogadores: Gilmar (zagueiro), Vítor (lateral-direito), Ronaldo Luís (lateral-esquerdo), Donizete (volante), Palhinha (meia) e Aílton (atacante).Arquivo São Paulo Futebol Clube

Em 1996, o Cruzeiro cedeu ao São Paulo o lateral direito Belletti e o lateral esquerdo Serginho, em troca recebeu do nada menos que seis jogadores

Apesar de ter sido muito criticada, a troca foi boa para os dois lados. Com estes jogadores o Cruzeiro conquistou os títulos da Copa do Brasil de 1996 e da Libertadores em 1997. Enquanto o Belletti se transformou em um ídolo da torcida do São Paulo e Serginho com a boa passagem pelo tricolor paulista acabou negociado com o Milan, da Itália, por cerca de US$ 14 milhões em 1999.

O primeiro troca-troca
O troca-troca de jogadores tem como marco o que aconteceu em 1975, no Rio de Janeiro, quando Francisco Horta, então presidente do Fluminense, movimentou o futebol do estado.

Horta trocou três jogadores do Fluminense por três do Flamengo. Pegou Doval, o goleiro Renato e o lateral-esquerdo Rodrigues Neto e cedeu o lateral-direito Toninho, o goleiro Roberto e o ponta Zé Roberto. Além de também contratar Dirceu, do Botafogo, e Miguel, do Vasco. A troca deu tão certa que virou música de Jorge Benjor, muito amigo de Doval. O Fluminense foi bicampeão carioca, e o argentino Doval liderou a artilharia, com 20 gols.

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