, da Espanha, noticiou que o atacante Lucas Pratto seria o primeiro na lista de reforços solicitados pelo técnico Jorge Sampaoli à diretoria do Sevilla, visando a segunda metade da temporada europeia. O time de Andaluzia, porém, teria de quebrar o próprio recorde de valores pagos em uma contratação para convencer o Galo a liberar o camisa 9.
Horas antes de o jornal espanhol noticiar o interesse de Sampaoli em Lucas Pratto, o presidente do Atlético, Daniel Nepomuceno, avisou que o valor do atacante "cresce cada vez mais". Valorizado pelas convocações para a Seleção Argentina (com direito a gol no último jogo) e simplesmente "pegando fogo" na reta final da temporada atleticano, Pratto não será vendido pelo Galo por menos de 17 milhões de euros, segundo apurou a reportagem.
Valor este que é 2 milhões de euros acima do valor máximo já desembolsado pelo time espanhol por um jogador. Em 2009, o Sevilla contratou o centroavante Álvaro Negredo junto ao Almería por 15 milhões. Mesma quantia gasta esta temporada, quando a equipe espanhola contratou Franco Vázquez, do Palermo.
Preço que, segundo o editor-chefe do Diário As, Fernando Kallás, seria impossível de ser "torrado" pelo Sevilla, novamente, pois fugiria da tradicional política de contratações do clube. O meia-atacante Paulo Henrique Ganso, por exemplo, foi contratado por 9,5 milhões de euros.
"O Sevilla, tradicionalmente, não gasta tanto dinheiro em contratação de jogador. São três times da Europa que melhor compram: o Sevilla, o Atlético de Madrid e o Porto. Sempre pensando na questão de rendimento a baixo preço. O time do Sevilla que ganhou o bicampeonato da Europa League no ano passado tinha um jogador que custou mais de 7 milhões (de euros)", explica Kallás, que explicou como age o Sevilla no mercado neste texto.
PLANO B
Pelas perspectivas mencionadas, o desejo de Sampaoli de contar com mais um argentino no elenco, e de um atacante que ele conheceu de perto no Chile, ficará só na imaginação. O técnico, por outro lado, colocou Pratto em meio a uma lista com outros nomes de atacantes e, portanto, deverá partir para um plano B. A intenção é ter um centroavante com mais vigor físico, algo que Luciano Vietto (emprestado pelo Atlético de Madrid) e Wissam Ben Yedder (contratado este ano junto ao Toulouse, que atua mais na beirada de campo) não possuem.
"A informação é: o Sampaoli quer o Pratto, ele deu 3, 4 nomes de atacantes que ele quer e o Pratto é o favorito do Sampaoli. O problema é que é impossível o Sevilla pagar mais de 10 milhões (de euros). Não é porque o Sampaoli pediu que eles irão gastar isso", completou Kallás.
O jornalista também lembrou que a admiração de Sampaoli pelo atacante atleticano remete aos tempos em que ambos eram rivais no Chile. Pratto era artilheiro da Universidad Católica e o treinador estava no banco de reservas da Universidad do Chile.
MERCADO SEDUTOR
O Atlético deixou de negociar Lucas Pratto ao futebol chinês em janeiro por acreditar que o atacante faria uma Libertadores de alto nível e se valorizaria. Pratto, na época, era o único centroavante do elenco. Além disso, o jogador jamais demonstrou interesse em ir para o futebol asiático, pela distância que ficaria da família e dos olhos de Edgardo Bauza.
A Espanha, porém, surgiria como um mercado atrativo. Com passaporte italiano em mãos, o atleta gostaria de retornar à Europa, onde não teve boa passagem.