Passo maior que a perna: Cruzeiro abre mão de Ábila, evita nova dívida, mas fica sem o artilheiro

Guilherme Guimarães
gguimaraes@hojeemdia.com.br
18/07/2017 às 20:00.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:38
 (Washington Alves/Lightpress)

(Washington Alves/Lightpress)

Um ano, tempo necessário para o atacante Ramón Ábila comprovar o seu poder de fogo, se tornar artilheiro do Cruzeiro na temporada e mostrar seu cartão de visitas, o faro de gol, fato que despertou o interesse da Raposa em 2016. No entanto, nem mesmo essas características e o título de, até então, goleador da equipe no ano, fizeram com que a Raposa mantivesse o atleta em seu plantel. O camisa 9 está de partida para o Boca Juniors, da Argentina.

Perto de realizar um antigo sonho, Ábila vestirá a camisa azul e ouro, uma das mais tradicionais do futebol mundial. E para se transferir ao clube Xeneize, o presidente Daniel Angelici conversou, se animou e bancou por si só a contratação do atacante. O técnico do Boca Juniors, Guillermo Schelotto, não pediu a contratação de Wanchope para a temporada 2017/2018 do futebol argentino. O fez no meio de 2016, justamente quando o Huracán, também argentino, se seduziu pela proposta cruzeirense.

E justamente o acordo feito pelo então diretor de futebol celeste Thiago Scuro que virou o grande tiro no pé do Cruzeiro. Uma conta que não conseguiu ser fechada. Sem conseguir quitar o pagamento pela compra de metade dos direitos de Ábila, o time cinco estrelas foi cobrado na Fifa. Dos US$ 4,2 milhões a serem pagos por 50% dos direitos econômicos de Ábila, o Cruzeiro não quitou US$ 1,5 milhão. E ao fim deste ano, caso o jogador não fosse vendido, a diretoria azul teria que comprar a outra metade do atacante, despendendo de quase R$ 13 milhões.

Apesar disso, a cúpula cruzeirense nega que esse seja o motivo da venda do jogador.  “O Cruzeiro não saiu oferecendo o Ábila para os clubes. O Boca é que veio até nós mostrando interesse no jogador”, disse o diretor de comunicação Guilherme Mendes. 

Em Minas Gerais, o atacante foi segunda opção, já que Mano Menezes prefere atuar com um ataque “flutuante”, sem um homem de referência. 
Wanchope foi vendido pelo Cruzeiro ao Boca Juniors, que assume a dívida que a Raposa tem com o Huracán e ainda libera por empréstimo um jogador com os direitos econômicos fixados. O escolhido foi o jovem Alexis Messidoro, de apenas 20 anos, que está emprestado ao Sport Boys, da Bolívia.

Há a possibilidade de o Boca Juniors pagar ao Cruzeiro uma quantia em dinheiro pela contratação de Ábila. Essa condição ainda não foi confirmada, mas os valores se aproximariam daqueles já quitados pela diretoria cruzeirense ao Huracán.

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