PBH esclarece polêmica com crianças no Horto e garante ida de 600 estudantes a Cruzeiro x Caldense

Guilherme Guimarães e Henrique André
gguimaraes@hojeemdia.com.br
14/02/2017 às 18:54.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:56

Um assunto incendiou as redes sociais no último fim de semana, e a polêmica relacionada ao futebol, por incrível que pareça, não foi causada por profissionais da arbitragem. O que gerou um alarde nos torcedores foi o fato de mais de 500 crianças estarem presentes na torcida alvinegra durante o jogo entre Atlético e Uberlândia, no estádio Independência, na terceira rodada do Campeonato Mineiro.

Várias dúvidas foram “levantadas”, principalmente por torcedores do Cruzeiro, que buscavam explicações sobre a presença de centenas de crianças no Horto, fato que mobilizou dez ônibus para o transporte da meninada e o patrocínio dos lanches para os torcedores mirins no estádio. Por conta disso, vários questionamentos foram feitos, muito pelo fato de o atual prefeito de Belo Horizonte, o polêmico Alexandre Kalil, ser ex-presidente do Atlético.

Afinal, houve algum benefício por parte do poder público ao Galo? Quem arcou com os custos para a presença dos torcedores mirins no Horto? Por que torcedores de Cruzeiro e América não foram contemplados com o mesmo benefício?

O Hoje em Dia foi atrás dessas respostas e ouviu todos os envolvidos : Atlético, Prefeitura de Belo Horizonte, Cruzeiro e América.

Em contato com a reportagem, a Secretaria Municipal de Educação (Smed), por meio de nota oficial, negou que tenha havido algum benefício exclusivo ao Atlético, como chegou a ser dito por algumas pessoas nas redes sociais. O órgão da Prefeitura de Belo Horizonte explicou que a ação é denominada “Escola Integrada”, e também será estendida aos jogos do Cruzeiro. Já está agendada a ida de 600 crianças ao Mineirão, na partida entre Raposa e Caldense, no dia 2 de março, pela quinta rodada do Campeonato Mineiro.

Em relação aos custos operacionais desse projeto, a nota da Smed explica que os ônibus utilizados para transportar as crianças até o Independência no último domingo fazem parte da frota da própria secretaria. E que o Atlético disponibilizou de forma gratuita todos os ingressos para os alunos.

Palavra do Atlético

O diretor de comunicação do Atlético, Domênico Behring, ressaltou que o Atlético sempre buscou inserir causas sociais no contexto de seus jogos. Além de crianças, refugiados de guerra e moradores de rua também já acompanharam o Galo por diversas vezes nos estádios.

Ainda de acordo com Domênico, não há previsão para uma nova ação do "Escola Integrada", que também levou centenas de alunos na partida do time alvinegro contra o América-TO, no Independência, no Campeonato Mineiro deste ano. 

Ideia antiga

O Cruzeiro rechaça qualquer possibilidade de polêmica em torno do “modus operandi” para a presença de crianças nos estádios. Segundo Marcone Barbosa, diretor de marketing da Raposa, desde 2003 o clube realiza campanhas sociais, por conta própria, para levar estudantes aos jogos da equipe.
Após consulta do Hoje em Dia, o dirigente celeste informou que no ano passado, em 15 jogos, o Cruzeiro levou 1.300 crianças, arcando com os custos de transporte e lanche – exceto em casos de escolas particulares.

Jogos de outros clubes

Dos três grandes clubes de Belo Horizonte, apenas o América ainda não foi inserido no contexto do projeto “Escola Integrada”. De acordo com o departamento de marketing do Coelho, nenhum dirigente alviverde foi procurado por representantes da Prefeitura de Belo Horizonte para fechar alguma parceria.

"Teríamos muito interesse nisso, mas por enquanto não fomos procurados, disse o gerente de marketing americano Erley Lemos.

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