Pela hegemonia: título estadual define ainda freguesia nos mata-matas do século

Alexandre Simões
asimoes@hojeemdia.com.br
05/05/2017 às 19:52.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:25

Além do título mineiro, o clássico deste domingo (7), entre Atlético e Cruzeiro, às 16h, no Estádio Independência, vale também para direcionar a hegemonia nos confrontos de mata-mata disputados entre os dois rivais neste século.

A partir de 2001, atleticanos e cruzeirenses já se enfrentaram 13 vezes em confrontos de ida e volta, válidos por competições nacionais, regionais ou estaduais. E a conta geral é favorável à Raposa, que levou a melhor em nove oportunidades, sendo quatro delas decisões de Campeonato Mineiro.

O Galo saiu vencedor quatro vezes, sendo três finais, duas do Estadual e uma da Copa do Brasil, em 2014.

E este título nacional, pelo peso, não só faz diferença, pela importância, mas também por marcar uma hegemonia atleticana nesta década .Desde 2011, foram cinco mata-matas entre Atlético e Cruzeiro, com três vitórias para o primeiro e duas para o segundo.

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Se sair do Independência neste domingo com o título estadual, o Atlético terá vencido quatro dos últimos cinco mata-matas que disputou com o Cruzeiro. Não há como negar que isso significa uma hegemonia no confronto.

Por outro lado, se o time de Mano Menezes conseguir vencer no Horto e levantar a taça dentro da casa do rival, estará empatando a disputa na década e goleando no século por 10 a 4.

HISTÓRIA
Os mata-matas entre Atlético e Cruzeiro neste século só não aconteceram em 2003, 2010, 2012 e 2016, sendo que em 2014 foram disputados dois confrontos de ida e volta.

E essa história começa com duas semifinais seguidas da extinta Copa Sul-Minas, em 2001 e 2002. O Cruzeiro não só foi o vencedor das duas, como nas decisões, contra Coritiba e Atlético-PR, respectivamente, levantou a taça.

Depois disso, os cruzeirenses completaram a quina vencendo a final do Estadual, em 2004, e as semifinais, em 2005 e 2006. A primeira vitória atleticana num mata-mata diante do maior rival, no século, foi na decisão do Campeonato Mineiro de 2007.

Após levar a melhor na famosa final do “Gol de Costas”, o Atlético amargou uma trinca do rival, campeão mineiro em 2008, 2009 e 2011, sendo que nos dois primeiros anos, ainda sofreu goleadas de 5 a 0 nas partidas de ida das decisões.

O Galo passou a levar a melhor a partir de 2013, quando venceu três dos últimos quatro confrontos, o mais importante deles a decisão da Copa do Brasil de 2014.

ESCRITAS
Além da hegemonia nos confrontos de mata-mata, a decisão do Campeonato Mineiro de 2017 está recheada de tabus diretamente ligados ao resultado da partida deste domingo, no Independência.

O Cruzeiro não perde para o rival há mais de dois anos. Já são oito clássicos sem derrota. Mas para o time de Mano Menezes não basta manter a invencibilidade, pois só levanta a taça em caso de vitória.

Individualmente, o treinador vive essa situação, pois ele nunca foi derrotado num clássico mineiro. Já dirigiu o Cruzeiro em nove confrontos contra Atlético e América e soma cinco vitórias e quatro empates.

Pela primeira vez ele comandará o Cruzeiro numa partida contra o Atlético no Independência. No estádio, só enfrentou o América, por três vezes, com duas vitórias e um empate.

Neste período de jejum diante do rival, o Atlético amarga três derrotas consecutivas para o Cruzeiro, dentro do Independência.

Poucas vezes na história do confronto, que já tem 96 anos, a taça do Campeonato Mineiro teve tantos significados para Atlético e Cruzeiro.

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