Pequenos notáveis: boas atuações fazem Rafinha e Otero terminarem 2017 em alta

Frederico Ribeiro
fmachado@hojeemdia.com.br
30/11/2017 às 20:28.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:58
 (Editoria de Arte/Hoje em Dia)

(Editoria de Arte/Hoje em Dia)

Por uma diferença de apenas 14 dias, eles chegaram a Belo Horizonte no início do segundo semestre do ano passado, em panoramas distintos na carreira, mas com a missão de serem mais do que simples opções para o banco de reservas. Rafinha e Otero poderão comemorar um final de temporada vivendo os melhores momentos por Cruzeiro e Atlético, respectivamente.

Baixinhos, com menos de 1,70m cada, os pontas cresceram na reta final de 2017 e se tornaram figuras importantes dos rivais mineiros, principalmente no Campeonato Brasileiro. 

Rafinha, por exemplo, retornou ao Brasil em 6 julho de 2016 vindo de um período desempregado, após o contrato acabar no Mundo Árabe. Virou titular da equipe de Mano Menezes no segundo turno, aos 34 anos.

Otero foi contratado pelo Atlético no último dia da segunda janela internacional do ano passado (20 de julho), chegando como quase um completo desconhecido, a não ser a fama de bom cobrador de faltas. 

Primeiro, assinou por empréstimo, depois foi comprado em definitivo pelo clube mineiro. E vive o melhor momento da carreira em solo brasileiro. Aos 25 anos, é um dos estrangeiros em melhor fase no futebol nacional, prova disso são as bolas venenosas que saem do seu pé direito.

Contra o Corinthians, por exemplo, fez um belo gol de falta, cruzou na medida para Fred decretar o empate e surpreendeu Cássio ao cobrar um raro e ousado escanteio direto para o gol, batendo de trivela na bola.

O campeão brasileiro de 2017 também foi escolhido para ser uma das vítimas de Rafinha. Dos 18 jogos que o Cruzeiro realizou no returno do Brasileirão, o camisa 70 foi titular em 14 e marcou três gols (sua totalidade no ano). Um deles no empate contra o Timão, na 26ª rodada.

Esses três gols marcados por Rafinha ajudam a entender o crescimento do jogador com a camisa azul. Mas não é balançar as redes que o arrancou do banco de reservas. Mesmo numa idade avançada para o jogador de futebol, ele é sinônimo de energia e voluntariedade no esquema de Mano Menezes, sendo peça crucial até mesmo sem a bola nos pés.

“Hoje, ele está mais experiente e essa experiência traz alguns atalhos para completar um jogo desses. Sabe se dosar para completar um jogo forte. Joga dos dois lados do campo e está aí como todos os jogadores, se entregando como deve se entregar”, elogiou o técnico Mano Menezes.

O bom momento do jogador já foi premiado pela diretoria celeste, que renovou o contrato até dezembro de 2018. O vínculo antigo iria se encerrar no fim deste mês.

VENENOSO
Romulo Otero se consolida como um terror para os goleiros neste segundo semestre de 2017. Diante do Coritiba, fez um gol anto-lógico do meio de campo. Contra o Corinthians, anotou outro de tiro livre. 

Com mais três gols na carreira, o camisa 11 já se aproxima de Dátolo na lista dos maiores estrangeiros-artilheiros do Galo, com 15 bolas nas redes em 73 partidas. O argentino tem 18 gols, um a menos do que o vice-líder do quesito, Cazares. Os três ainda distantes de Lucas Pratto, autor de 42 gols. 

“Estou muito satisfeito com o desempenho dele. O mérito é todo dele. É um cara que se empenha muito, não tem limite, está sempre pronto. É aplicadíssimo dentro e fora de campo”, afirmou Oswaldo de Oliveira.

O venezuelano participou de 16 dos 18 jogos do Atlético no segundo turno, tendo feito oito como titular e marcado cinco dos 12 gols anotados em 2017.

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