Pesadelo em BH, sonho no Recife: referência no Sport, trio é sinônimo de frustração no Atlético

Henrique André
hcarmo@hojeemdia.com.br
21/06/2017 às 15:33.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:11
 (Williams Aguiar/Sport)

(Williams Aguiar/Sport)

Solução para um, decepção para outro. Assim pode ser considerado o trio Vanderlei Luxemburgo, Diego Souza e André, na vida de Sport e Atlético, respectivamente.

Adversários do Galo nesta quarta-feira (21), treinador e jogadores são as principais apostas do clube pernambucano na Série A do Campeonato Brasileiro. No Galo, porém, nenhum deles vingou ou deixou saudades.

Luxemburgo, pentacampeão nacional, encara o desafio no Leão como recomeço e forma de provar que ainda sabe montar times quase imbatíveis. Para se ter ideia, o último grande título do treinador foi em 2004, quando levantou o caneco pelo Santos.

Aposta do Galo em 2010, o Lucxa teve rendimento bem aquém do esperado. Às 19h30, inclusive, não terá tratamento de ídolo por parte dos atleticanos que estarão no Independência para o confronto da nona rodada.

Nos primeiros meses de trabalho no alvinegro, o treinador manteve a base do ano anterior, trouxe seus inúmeros assistentes, entre eles o ex-árbitro Wagner Tardelli e o colombiano Fred Rincón, e conquistou o 40° título mineiro do clube. Na sequência, porém, apenas dias de escuridão; na Copa do Brasil, eliminação perante o  Santos; no Brasileirão, 21 pontos conquistados em 75 possíveis.

Sofrendo grande pressão interna e externa, Vanderlei deixou o clube após goleada sofrida para o Fluminense, por 5 a 1, no Engenhão. Em 53 jogos no comando técnico do Atlético, o treinador carioca venceu 22, empatou 12 e perdeu 19.Bruno Cantini/Atlético

Camisa 1 e pouco futebol

Já Diego Souza, atualmente uma das opções de Tite na Seleção Brasileira, chegou ao Atlético com poupa de craque e com moral para "desbancar" até os goleiros. Novo dono da camisa 1, que passou a representar o número da estrela máxima do time, Diego não conseguiu corresponder em campo.

Anunciado em junho de 2010 pelo ex-presidente do clube Alexandre Kalil, através do perfil no Twitter, o atual 10 do Sport, que custara 3 milhões de Euros aos cofres atleticanos, se tornou dor de cabeça para a diretoria e entrou na conta das más escolhas feitas por Luxemburgo.

Com 5 gols numa passagem que durou 35 jogos, o meia pediu para deixar o alvinegro no início do ano seguinte, argumentando estar insatisfeito com a condição de reserva, quando o comando técnico já pertencia a Dorival Júnior.Bruno Cantini/Atlético

Ah, Bebezão!

Por fim, o pesadelo que se tornou a relação entre Atlético e o atacante André, maior contratação de todos os tempos do clube mineiro. Apesar dos 32 gols nas 81 partidas que defendeu o clube, o jogador é visto como grande fiasco.

Cria do Santos e parte da segunda geração dos "Meninos da Vila", quando fazia dupla de ataque com Neymar, André foi adquirido pelo Galo em 2012, junto ao Dínamo de Kiev, da Ucrânia, por 8 milhões de Euros (R$ 20 milhões na época).

Vivendo momento ruim na Europa, o atacante chegou à Cidade do Galo esbanjando felicidade e orgulho por vestir a camisa preta e branca; na sua saída, porém, fez algo bem diferente. Tirar o escudo do clube numa postagem na rede social, o melhor exemplo.

Com duas passagens apagadas pelo Atlético, o cabofriense, de 26 anos, deixou o clube, em definitivo, no início de 2015. Emprestado ao Sport, ele fez o que poucos esperavam e caiu nos braços da torcida do Leão do Ilha. Valorizado, no ano seguinte foi parar no Corinthians. Outro fiasco para a coleção.

De volta ao rubro-negro, assinou contrato de 5 temporadas e se tornou, assim como no Galo, a maior contratação da história do clube pernambucano.Bruno Cantini/Atlético

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por