Prêmio em dinheiro, medalha e orgulho movimentam decisão do terceiro lugar

Rodrigo Gini
Hoje em Dia - Belo Horizonte
13/07/2018 às 20:03.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:24

Para muitos, o duelo entre Bélgica e Inglaterra às 11h deste sábado na Arena São Petersburgo é um castigo pelo fato de as duas seleções não terem levado tão a sério a partida da primeira fase, que apontou a ordem de ambos na classificação do Grupo G. Há ainda quem veja no confronto que aponta o terceiro lugar numa Copa do Mundo uma partida melancólica, sem muito a provar.

No que depender dos dois lados envolvidos, no entanto, o reencontro promete ser mais animado e com as equipes reforçadas com as estrelas poupadas na partida do dia 28, em Caliningrado, vencida pelos belgas graças a um chute despretensioso do reserva Januzaj que, aliás, atua na Premier League. Ao menos no discurso.

Há, no entanto, vários aspectos que podem turbinar a partida, num contexto bastante diferente da que marcou a véspera da final de 2014, quando um Brasil mentalmente destruído pelos 7 a 1 do Mineirão foi presa fácil para uma Holanda que goleou no Mané Garrincha, em Brasília (3 a 0).

Tanto para belgas quanto para ingleses, ainda que o sonho do título tenha ficado no fim do caminho, não há como falar em campanha decepcionante. A Geração Belga chegou a ter status de favorita, mostrou um futebol eficiente e de talento (especialmente nas quartas de final, diante do Brasil) e acabou esbarrando no que chamaram de "antijogo" francês. Os ingleses, comandados por Gareth Southgate, conseguiram reconquistar a simpatia  e o crédito do torcedor com um trabalho que, teoricamente, deveria dar seus frutos apenas no Catar'2022.

Feito inédito

Curiosamente, nenhum dos lados tem no currículo uma posição que, na Rússia, vale medalha e um prêmio extra de cerca de R$ 6 milhões, embora ambos tenham tido uma chance. Em 1986, no México, os belgas – outra geração memorável, a de Pfaff, Scifo e Ceulemans –, caíram diante da França, de Michel Platini, na prorrogação (4 a 2). Quatro anos depois, na Itália, foi a vez de o English Team esbarrar nos donos da casa, que ficaram com um "troféu de consolação" ao vencerem por 2 a 1. 

 "Ter a chance de estar entre os quatro melhores de uma Copa não é para qualquer um e pretendemos dar mais motivos de orgulho para nossa torcida", destaca o espanhol Roberto Martínez, comandante dos Diabos Vermelhos.

Postura semelhante à adotada por Gareth Southgate, para quem um triunfo sobre os belgas pode representar o exame de maturidade para seu jovem time. “Será um ótimo teste para nós, por se tratar de uma força do futebol mundial. A torcida inglesa entendeu que os atletas têm atuado com orgulho e deixam tudo o que têm em campo, como espero que seja mais uma vez”.

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