Presidente da CBB culpa gestão anterior por fracasso da seleção feminina

Estadão Conteúdo
15/08/2017 às 10:21.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:05
 (CBB)

(CBB)

O novo presidente da Confederação Brasileira de Basketball (CBB), Guy Peixoto, apontou aquelas que considera como sendo as principais razões para o fracasso da seleção feminina de basquete na Copa América. A equipe perdeu a chance de disputar o Mundial ao ser derrotada por Porto Rico na disputa pelo terceiro lugar no último fim de semana. Essa será a primeira vez que o País não participará do torneio desde 1959.

"O resultado só expõe como o naipe feminino foi tratado pela gestão que nos antecedeu, com oito anos de total descaso e sem nenhum trabalho efetivo para que esse panorama mudasse" afirmou, em nota oficial. "Tivemos de nos desdobrar para que esta seleção brasileira feminina pudesse entrar em quadra, já que não havia recurso destinado para essa finalidade; pior do que isso, sem nenhuma perspectiva de entrada, já que hoje a nossa entidade não conta com patrocinadores ou mesmo apoiadores, além de não estar recebendo as importante e necessárias verbais federais, devido a problemas herdados da administração passada", acrescentou.

Peixoto ressaltou que a seleção feminina do Brasil somente conseguiu disputar a competição devido a uma parceria com a prefeitura de Pindamonhangaba, do interior paulista, e com a equipe de vôlei FUNVIC, mas que a preparação ainda não foi a adequada por falta de tempo. Mesmo assim, parabenizou a garra das atletas.

Além disso, o presidente projetou o futuro da seleção feminina, indicando que mudanças organizacionais precisarão ser realizadas. "Com a não conquista da vaga, o momento é de profundas análises, envolvendo os setores mais importantes do naipe feminino, para que possamos traçar o planejamento de um novo ciclo olímpico, enfocando a base e a massificação do esporte", disse Peixoto, acrescentando que é necessário aumentar o número de praticantes jovens de basquete para levar a uma renovação da seleção.

Guy Peixoto assumiu a presidência da CBB em março de 2017, com um mandato de quatro anos. Quando foi eleito, o Brasil estava proibido de disputar torneios internacionais pela Federação Internacional de Basquetebol, devido a problemas financeiros e de gestão na entidade nacional. A liberação para disputar torneios veio apenas em junho, dificultando a preparação da seleção feminina para a Copa América.
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