Presidente Gilvan não garante retorno de Benecy no Cruzeiro

Alberto Ribeiro
17/01/2016 às 13:27.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:03
 (Alberto Ribeiro)

(Alberto Ribeiro)

Pela primeira vez desde o polêmico caso envolvendo o ex-supervisor de futebol Benecy Queiroz, o presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, se posicionou sobre o assunto. Na última sexta-feira, o clube celeste comunicou o afastamento por tempo indeterminado do dirigente em função de tratamento de saúde e realização de exames médicos.

Nesse período, a função será exercida interinamente por Edson Travassos. Segundo Gilvan, o motivo pela demora de um posicionamento oficial do clube aconteceu porque o caso estava sendo averiguado internamente.

(Veja a declaração do presidente)
 

“O posicionamento do Cruzeiro foi o que imprensa tomou conhecimento. Ele foi afastado em prazo indefinido. Foi uma decisão que foi tomada não somente pelo presidente do Cruzeiro. Nada é de maneira isolada, a decisão não depende só do presidente. Nós reunimos o conselho diretor e a melhor solução foi essa. Foi uma solução até demorada porque preferimos fazer apuração da vida toda e inclusive jogos, a realidade é aquele que contou pra imprensa: inventou um caso e misturou épocas. Temos certeza que ele criou um caso sem pé nem cabeça”, explicou Gilvan.

Questionado se Benecy voltaria ao Cruzeiro um dia, Gilvan afirmou que a decisão ainda não foi tomada, mas dificilmente isso ocorrerá. “Essa decisão estamos aguardando. Não vamos tomar decisões precipitadas. Vamos aguardar os exames. O Benecy está acabado, me pediu desculpas. O filho dele acha que o pai pode sofrer algo pior se for afastado da vida do Cruzeiro. A decisão é tomada em conjunto com o conselho”, finalizou.

Benecy Queiroz se complicou no cargo após declarar, em entrevista ao programa Meio de Campo, da Rede Minas, que o clube celeste teria "comprado" um árbitro durante a década de 80. O fato ganhou grande repercussão e gerou um grande mal estar nos corredores da Toca da Raposa. Nos bastidores, integrantes da diretoria estrelada e do conselho deliberativo não esconderam o descontentamento com o ocorrido.

A procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) analisa o caso e Benecy poderá ser suspenso por até dois anos ou mesmo banido do futebol. Cabem ainda sanções que podem ser impostas pela Fifa.

Além disso, o promotor de Justiça Fernando Ferreira Abreu vai instaurar um procedimento para apurar as declarações, o que pode resultar em um inquérito civil público.

Em pronunciamento confuso à imprensa na última quarta-feira, Benecy pediu desculpas à torcida e à diretoria e comunicou que, por problemas de saúde, iria “desacelerar” do futebol por um tempo.

No comunicado, Benecy deixou claro que as declarações sobre o Cruzeiro ter “comprado” um juiz foi apenas um “causo” inventado por ele.

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