Disputado há mais de 95 anos, com direito a goleadas sonoras para os dois lados, decisão de título nacional e brigas contra o rebaixamento, o clássico entre Cruzeiro e Atlético terá mais um capítulo nesta quarta-feira (1º), às 19h30, no Mineirão na estreia da dupla na Primeira Liga. E mesmo sendo marcado para uma competição sem grande apelo, será recheado de novidades para as torcidas.
Pela primeira vez desde que o Novo Mineirão foi aberto, em fevereiro de 2013, a rivalidade entre atleticanos e cruzeirenses poderá será vista de forma igualitária nas arquibancadas. E tal medida só irá prosperar caso a Polícia Militar não tiver problemas de violência entre as torcidas.
O duelo ainda terá novas determinações na parte externa do estádio. A prefeitura de Belo Horizonte decretou que as principais vias de acesso ao Mineirão não terão mais a proibição de estacionamento público para os automóveis.
Além disso, o duelo entre Galo e Raposa, no mais importante jogo de futebol de Minas Gerais, será o primeiro de prováveis cinco titulares dos clubes, além da estreia do técnico Roger Machado. Os laterais Ezequiel e Diogo Barbosa, além do meia Rafinha pelo lado da Raposa; o zagueiro Felipe Santana e o volante Yago pelo lado do Galo são os “debutantes”.
“Esse tipo de jogo muda bastante a história, uma vitória pode dar uma moral muito grande para gente. Esperamos fazer um excelente jogo e um grande espetáculo para a torcida do Cruzeiro”, disse Ezequiel, titular na vitória contra o Villa Nova, no Estadual.
Sem contar que será apenas o terceiro clássico que os goleiros Rafael e Giovanni disputarão. Suplentes dos lesionados Fábio e Victor, os donos da meta na noite desta quarta-feira somam mais de cinco temporadas pela dupla, mas só sentiram o gosto da maior rivalidade do estado por duas vezes.
“O clássico, já se diz por si só. Não tem favorito, quem errar menos sairá de campo com a vitória. A torcida tem confiança em mim, no meu trabalho. Não tive que fazer várias defesas (contra o América-TO), mas posso trabalhar bastante neste clássico, assim como o Rafael. Será um jogo corrido, aberto, com dois times velozes e técnicos”, disse Giovanni.
EXPERIENTES
Sem Fábio, em reta final de recuperação de lesão, o Cruzeiro irá ao Mineirão capitaneado por Henrique. O dono da braçadeira também é o jogador, entre os 11 prováveis titulares, que mais atuou em clássicos, juntamente com Leonardo Silva no lado alvinegro (mas o zagueiro deve ficar no banco de reservas). Em duas passagens pelo Cruzeiro, sendo a primeira iniciada em 2008, o volante celeste disputou 26 vezes o jogo mais aguardado de Belo Horizonte.
“É um jogo gostoso de se jogar. Nós sabemos da importância. A gente fala que é jogo diferente porque move muita coisa. O torcedor cobra de maneira diferente de outros jogos. Nós temos essa consciência. É um jogo que todos gostam de estar dentro de campo”. disse o atleta.
Já o Atlético deve ser liderado em campo pelo lateral-direito Marcos Rocha. Revelação das categorias de base do clube, o camisa 2 esteve presente em 21 jogos entre Galo e Raposa, sendo que ele estreou num clássico de 2009, logo na terceira partida como profissional.Editoria de Arte