Problemas financeiros atrapalham handebol em Minas

Henrique André
hcarmo@hojeemdia.com.br
03/09/2016 às 09:35.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:40
 (Tiago Ciccarini/JEMG/Divulgação)

(Tiago Ciccarini/JEMG/Divulgação)

Quatro anos colocando a casa em ordem e saneando uma dívida de aproximadamente R$ 1 milhão. Esta foi a missão da atual gestão da Federação Mineira de Handebol, segundo o presidente Cláudio Humberto Dias, que assumiu o posto em 2012 e foi reeleito em abril deste ano até 2021.

“Recebi a FMH com dívidas municipais, federais e trabalhistas. Hoje, após negociá-las, possuimos todas as certidões negativas e as contas em dia”, conta o mandatário, que ambiciona o surgimento de patrocinadores a partir de 2017.

Esperançoso na melhora estrutural e técnica da modalidade em Minas, Cláudio diz que resta pagar um débito de R$ 88 mil com os procuradores do Município de Belo Horizonte, relativo a honorários cobrados numa das ações citadas, e um outro, cobrado a cada início de ano, ainda atrelado à gestão anterior.

Sobrevivência em quadra

Apesar da dificuldade para investir no esporte em Minas – a FMH tem o apoio apenas do governo estadual e dos filiados – a entidade comemora dois títulos nacionais inéditos, ambos conquistados pelo ADJF/Independência.

Em maio, a equipe da Zona da Mata levou a Copa Brasil, em Teresina (PI); no mês seguinte, veio o Campeonato Brasileiro na categoria Adulto, disputado em Recife (PE).

“Desde 2007, não participávamos das Ligas Nacionais. Em 2014, entrou Juiz de Fora. Hoje, temos também Uberaba e Montes Claros”, relata Dias.

Arrumando a casa

No âmbito local, a Federação Mineira realiza competições (para homens e mulheres) em cinco modalidades: infantil, cadete, juvenil, júnior e adulto.

Contando atualmente com 20 filiados ativos (que pagam mensalidade e com direito a voto), a entidade organiza o Estadual e é parceira dos Jogos de Minas. Com milhares de praticantes ativos e a casa em ordem, a intenção da FMH é atrair os olhares do investimento privado. O objetivo é melhorar as competições e segurar os atletas de destaque em clubes mineiros.

Na Olimpíada realizada no mês passado, no Rio de Janeiro, o esporte foi o segundo em venda de ingressos, ficando atrás apenas do futebol.

Projeto

Além das escolas, a Associação Buritis de Esporte e Cultura (ABESC) é a única opção para os amantes do handebol praticarem o esporte em Belo Horizonte. O projeto atende alunos dos 10 anos até a idade adulta. Por ser uma iniciativa sem fins lucrativos, o programa conta com uma verba do governo para se manter.

Como não possui estrutura física própria, a ABESC faz parcerias. Atualmente, o projeto é associado à Escola Estadual Sagrada Família II. Também existe um convênio com a PUC Minas, contudo, no momento, o projeto não vem utilizando as instalações da universidade.

Além de Belo Horizonte, o programa também atende a cidade de João Monlevade, onde conta com o apoio da ArcelorMittal e da prefeitura. “O projeto existe há seis anos, sendo que começamos há quatro anos no Sagrada Família, e neste ano em João Monlevade. No momento, estamos atendendo mais de 250 pessoas”, destaca João Victor Araújo, coordenador do projeto.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por