Protesto, mistério e apoio: o clima no América antes da decisão contra o Cruzeiro

Lucas Borges
lborges@hojeemdia.com.br
02/11/2018 às 16:31.
Atualizado em 28/10/2021 às 01:35
 (Divulgação/Twitter da torcida )

(Divulgação/Twitter da torcida )

Há oito jogos sem vencer no Campeonato Brasileiro, o América se mobiliza para o clássico contra o Cruzeiro, no próximo domingo (4), às 17h, no Independência, pela 32ª rodada da competição.

Com 34 pontos, na 16ª colocação, o Coelho precisa dos três pontos para não correr o risco de entrar na zona de rebaixamento.

Na antevéspera da partida, o ambiente foi movimentado no CT Lanna Drumond. Cerca de 30 torcedores, a maioria de uma torcida organizada, protestaram antes do treinamento, na manhã dessa sexta-feira (2).

Palavras de ordem contra o time e o técnico Adilson Batista, que vem sendo muito questionado por parte dos americanos nas últimas semanas, foram entoadas. 

“Adilson, seu retranqueiro, eu quero raça pra jogar no meu Coelho”, foi uma das frases cantadas.

Apesar das críticas, o protesto foi pacífico. Na medida em que iam chegando ao centro de treinamento, os jogadores pararam os carros e conversaram com a torcida, sem que houvesse o registro de qualquer tumulto.

O momento de maior tensão foi quando os torcedores se direcionaram ao diretor de futebol Ricardo Drubscky, que chegou a se exaltar, em virtude de uma cobrança mais áspera dos membros da organizada.

“Fizemos o protesto com a intenção de cobrar mudança. O América tem oito partidas que não vence e estamos num momento fundamental no Campeonato Brasileiro. Esse jogo do Cruzeiro a gente vê como o ponto de partida para mudança. Acreditamos que é o momento de união do time e da torcida, por isso cobramos, mas fomos passar o nosso apoio para o elenco também”, afirmou Hugo Rodrigues, que esteve presente no protesto.

Questionado sobre o protesto, o zagueiro Matheus Ferraz, capitão do time, mostrou tranquilidade, destacando a importância da sintonia entre o elenco e os torcedores nessa reta final de Brasileiro.

“A torcida está no direito de cobrar. Sabemos que o momento não é bom, mas temos que unir forças. Nós e eles. Precisam dar o apoio nos jogos e nós temos que fazer o melhor para sair dessa situação’, pontuou.

Mistério

Pressionado pelos resultados recentes, o técnico Adilson Batista não deu pistas do time que vai mandar a campo no domingo.  A última atividade antes do clássico foi fechada para a imprensa.

Segundo informações da assessoria de comunicação do clube, os jogadores foram separados em três grupos para um trabalho de troca de passes em espaço reduzido.

Em seguida, o técnico Adilson separou a provável equipe titular e trabalhou posicionamento tático e bolas paradas.

Para o confronto o comandante americano não poderá contar com o meia Gérson Magrão, que tomou o terceiro cartão amarelo na derrota para a Chapecoense, na última rodada, e cumpre suspensão automática. 

A novidade pode ser a volta do jovem Matheusinho, que desfalcou o time em Chapecó, em virtude de dores no joelho direito, e corre contra o tempo para ficar à disposição de Adilson. 

O volante Juninho, que deixou o treino de quinta-feira com desconforto muscular na coxa esquerda, também é dúvida. 

Apoio dos dirigentes

O último treino antes do clássico também contou a presença de dirigentes e apoiadores do clube. Um dos que acompanharam a atividade foi o ex-presidente do América, Alencar da Silveira Júnior, que também conversou com os torcedores durante o protesto.

Torcedores do América fizeram um protesto, nessa sexta-feira (2), no CT Lanna Drumond pic.twitter.com/Nq8Vc1Y32P— Lucas Borges (@lucaslborges91) 2 de novembro de 2018
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