Quinteto do Cruzeiro enfrenta ex-companheiros em ‘melhor final da história’ da Superliga

Cristiano Martins
csmartins@hojeemdia.com.br
04/05/2017 às 23:22.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:24

Com a experiência de sete decisões disputadas e cinco títulos conquistados, o levantador William, do Sada/Cruzeiro, classifica a grande final da Superliga Masculina 2016/17 como “provavelmente a melhor de todas, tecnicamente falando”.

O principal fator levado em conta pelo camisa 7 talvez seja a presença dos ex-colegas de equipe Wallace e Éder do outro lado da rede no confronto com o Funvic/Taubaté, neste domingo (7), às 10h, no ginásio Mineirinho.

Os três campeões olímpicos fizeram parte do elenco responsável pelo tricampeonato consecutivo do clube mineiro nas últimas edições da mais importante competição nacional.

“O único jeito de parar o Wallace é deixar ele trancado no quarto do hotel (risos). Fizemos uma das nossas melhores temporadas e isso nos enche de confiança, mas não tenho dúvida de que será uma final complicada, pela qualidade dos jogadores em quadra”William, capitão do Cruzeiro

Por outro lado, permanecem no grupo celeste cinco remanescentes desta sequência vitoriosa, iniciada na edição 2013/14.

Além do “Mago”, buscam o tetracampeonato de forma consecutiva o central Isac, o ponteiro Filipe, o oposto Leal e o líbero Serginho.

Se conquistar outro troféu diante da torcida mineira, o quinteto levará o Cruzeiro a mais um feito histórico no vôlei brasileiro.

Jamais um mesmo clube conquistou quatro taças seguidas na elite nacional masculina, considerando inclusive os títulos do Campeonato Brasileiro de Clubes (1976 a 1987) e da Liga Nacional de Voleibol (de 1988 a 1993), formatos de disputa anteriores à Superliga.

Desfile de estrelas

Éder e Wallace chegaram ao Taubaté para se unirem ao também campeão olímpico Lucarelli como pilares de um projeto ambicioso. O resultado foi a classificação para a primeira decisão de Superliga na história do clube paulista.

Desfalcado especialmente em função do ranking da CBV, o Cruzeiro foi buscar dois reforços de peso no exterior: o oposto Evandro, também medalhista de ouro nos Jogos Rio-2016, e o cubano Simón, considerado o melhor central do mundo.

“Fico feliz por participar novamente de uma final no país do voleibol, onde está a atual seleção campeã olímpica. Teremos uma final cheia de jogadores com experiência internacional, campeões mundiais e olímpicos. Quem ganha com isso são os torcedores e espectadores”, avalia o técnico argentino Marcelo Méndez, comandante do Cruzeiro.

Estatísticas

Alguns índices reforçam o protagonismo dos finalistas nesta edição da Superliga. Líder da primeira fase, o Cruzeiro domina os rankings individuais de melhor levantamento (William), ataque (Leal) e saque (Evandro) da competição.

Já o Taubaté se classificou na segunda colocação e conta com Wallace, maior pontuador do torneio com 529 bolas viradas ao longo desta campanha.

“Depois de um ano olímpico, com o Brasil campeão, acredito que seja muito importante uma final com tantos jogadores que estiveram lá (na Rio-2016). Espero que consigamos colocar um equilíbrio na partida e que seja um jogo competitivo, decidido nos detalhes, como é digno dessas duas equipes", afirma o técnico do Taubaté, Cezar Douglas.

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