(Montagem/ Mourão Panda/América//Bruno Cantini/Atlético )
Impenetrabilidade, segundo a metafísica, é a incapacidade de dois corpos ocuparem o mesmo lugar no espaço ao mesmo tempo. Amanhã, porém, ela poderá cair por terra quando a bola rola para o primeiro jogo da final do Campeonato Mineiro, entre América e Atlético. Na mesma faixa do gramado do Independência, os laterais Bryan e Marcos Rocha travarão um duelo particular.
"Não vou mudar meu estilo de jogo por causa dele. Vai ser um bom duelo e quero aproveitar os espaços que ele sempre deixa por se atirar muito ao ataque”, diz o atleticano.
Pratas da casa de Coelho e Galo, os jogadores são os únicos titulares remanescentes da última decisão entre as duas equipes, em 2012. Na ocasião, Rocha levou a melhor. Além disso, eles também compartilham coincidências na vida pessoal e profissional. A altura de 1,76m e o fato de terem atuado por América e Ponte Preta, são duas das menos importantes.
Peças fundamentais dos finalistas do Estadual, os laterais vivem o auge da carreira e, pelas atuações por América e Atlético, podem ser abocanhados em breve pelo mercado da bola. Bryan, de 24 anos, está na pauta de vários clubes, inclusive de Galo e Raposa. Marcos Rocha, por sua vez, aos 27, ainda alimenta o sonho de se transferir para o futebol europeu. A oportunidade poderá surgir no meio do ano, quando se abre a janela de transferências para o Velho Continente.
Neste quesito, ambos se completam. Enquanto o lateral-esquerdo do alviverde – que já saiu do país para atuar pelo Benfica, de Portugal – busca espaço no cenário nacional para chegar à Seleção, o dono da camisa 2 do alvinegro faz o caminho inverso. Melhor da posição no país em quatro oportunidades e com várias convocações, ele e seus empresários sonham em trocar o Real pelo Euro.
Mineiros de nascença, Bryan e Rocha também são parecidos quando assunto é valor às origens. Nascido na Vila Cafezal, no Aglomerado da Serra, o belo-horizontino do Coelho não deixa de visitar os amigos de infância e os familiares que ainda residem por lá. Já o sete-lagoano do Galo aproveita as folgas para pescar e soltar pipa no bairro onde cresceu, na cidade da região central de Minas.
Primeiro duelo da decisão estadual tem seis pendurados e baixa importante no Coelho
A primeira partida da final do Campeonato Mineiro ganhou contornos de dramaticidade para o mandante América. Na vitória de anteontem sobre o RB Brasil, pela Copa do Brasil, o armador Tony sofreu uma lesão na perna esquerda e não terá condições de estar em campo amanhã.
De acordo com o médico do Coelho, Afonso Rangel, a presença do “Talibã” no primeiro duelo contra o Atlético está descartada. “Na hora que ele bateu na bola (numa cobrança de escanteio), já caiu no chão de dor. Ele não está aguentando nem levantar a perna. Certamente não vai conseguir jogar domingo”, relata Rangel.
Pendurados
Para o duelo no Horto, ambas as equipes têm três dos titulares pendurados com dois cartões amarelos. Pelo lado alviverde, o lateral Bryan, o meia Osman e o atacante Victor Rangel; no alvinegro, o zagueiro Leonardo Silva, o meia Dátolo e o volante Rafael Carioca terão que ter cautela para não ficar de fora do duelo final, no Mineirão, dia 8. A partida de amanhã será apitada pelo paraense Dewson Freitas.
Comparativo dos jogadores
Bryan
Jogos: 8
Passes certos: 222
Desarmes: 6
Finalizações certas: 4
Finalizações erradas: 5
Assistência: 0
Gols: 2
Marcos Rocha
Jogos: 16
Passes certos: 795
Desarmes: 42
Finalizações certas: 5
Finalizações erradas: 5
Assistências: 5
Gol: 0