Robinho e Diego serão rivais pela 3ª vez e promessa de R7 ficará em segundo plano

Frederico Ribeiro
fmachado@hojeemdia.com.br
27/10/2016 às 20:56.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:25
 (Bruno Cantini/Atlético e Gilvan de Souza/Flamengo)

(Bruno Cantini/Atlético e Gilvan de Souza/Flamengo)

Crias da base do Santos, campeões brasileiros ainda na adolescência, vendidos por fortunas à Europa e, agora, adversários. A ligação entre o atacante Robinho e o meia Diego ganhará mais um raro capítulo. Apenas pela terceira vez na carreira, eles estarão em lados opostos do campo no confronto entre Atlético e Flamengo, neste sábado (29), às 16h30, no Mineirão. A importância do jogo, porém, deixará em segundo plano uma promessa desenhada pelo camisa 7 do Galo há mais de dez anos.

Robinho foi para o Real Madrid em 2005, e Diego já estava em Portugal (Porto) desde o ano anterior. Rumo à Espanha, o atacante embarcou prometendo “dar uma caneta” no parceiro na primeira oportunidade em que se enfrentassem. “Vou chegar lá e dar uma caneta nele, está prometido”, afirmou o camisa 7 antes de fazer o jogo de despedida do Peixe. Na mesma ocasião, ele foi menos brincalhão e previu o que sentiria quando encontrasse o amigo no Gigante da Pampulha. “Seria muito bom jogar uma decisão contra ele”, cogitou.

O “Rei das Pedaladas” precisou esperar duas temporadas para confrontar Diego em campo, quando o armador já estava em terras alemãs. Na Liga dos Campeões de 2007, o Real Madrid enfrentou o Werder Bremen na fase de grupos. 

No primeiro duelo, no Santiago Bernabéu, os merengues venceram por 2 a 1. Robinho foi reserva de Gonzalo Higuaín, entrando só aos 24 minutos do segundo tempo. Diego, titular, saiu de campo amarelado graças a uma falta cometida justamente no amigo.

“Enfrentar ele é sempre especial. Uma vez, eu estava no Werder Bremen, e ele, no Real Madrid, pela Champions. Ele ficou com uma historinha de que iria dar uma caneta em mim. Fui dominar uma bola, ela escapou um pouco, o gramado estava molhado. Ele tinha acabado de entrar, veio como um raio e deu um tapa na frente. Quando ele passou, agarrei na camisa dele, rasguei até embaixo e levei cartão amarelo. Ele pediu o vermelho para o juiz, e eu mandei ele ficar quieto”, relatou o armador do Flamengo, no programa “Bem Amigos”, do canal SporTV.

Quem faz mais diferença para sua respectiva equipe no Brasileirão?— Jornal Hoje em Dia (@jornalhojeemdia) 28 de outubro de 2016

Reprodução

Diego rasga a camisa de Robinho durante Real Madrid 2x1 Werder Bremen, em 2007, pela UCL

O segundo e último episódio no qual os “Meninos da Vila” se reencontraram foi em 2014, novamente pela Champions League. Desta vez, valia uma vaga nas as quartas de final. O Atlético de Madrid de Diego atropelou o Milan de Robinho por 5 a 1 no placar agregado – seria vice-campeão, perdendo para o rival Real Madrid.

Desencontros
O número de duelos poderia ser maior. Em 2007, Diego foi expulso antes de encarar novamente o time madrilenho e cumpriu suspensão na vitória de 3 a 2 do Werder Bremen, com Robinho marcando o primeiro gol do Real. Naquele dia, os diretores do Real se reuniram com a diretoria alemã para tentar contratar o meia e reeditar a dupla infernal do Santos campeão brasileiro (2002) e vice da Libertadores (2003). Ficou no “quase”.

Já no ano retrasado, Robinho estava lesionado no primeiro embate com o Atlético de Madrid, em Milão. No jogo de volta, no Vicente Calderón, ambos foram reservas, entraram na etapa final e tiveram pequenas participações na partida.Editoria de Arte

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