Rogério Micale tenta reverter retrospecto negativo de técnicos estreantes em mata-mata

Frederico Ribeiro
fmachado@hojeemdia.com.br
25/07/2017 às 20:41.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:45
 (Bruno Cantini/Divulgação/Atlético)

(Bruno Cantini/Divulgação/Atlético)

O ex-goleiro “ruim” (nas próprias palavras) Rogério Micale não falhou ao agarrar a nova grande chance da carreira quando o telefone tocou na China. Saiu correndo para assumir o Atlético como treinador e terá, logo de cara, o desafio de classificar o time para a semifinal da Copa do Brasil.

Nesta quarta-feira (26), às 19h30, diante do Botafogo, no Rio de Janeiro, o Galo defenderá a vantagem pela vitória por 1 a 0 no jogo de ida. E o novo comandante irá duelar ainda contra o histórico negativo de treinadores que assumiram o alvinegro no meio de um torneio mata-mata.

Micale retornou ao Atlético com bastante otimismo. Foi contratado rapidamente para suceder o demitido Roger Machado e estreará nesta noite pelo clube num jogo de vida ou morte na Copa do Brasil.

Nos últimos dez anos, todos que estiveram na mesma situação do treinador de 48 anos falharam ao tentar manter o Galo em competições eliminatórias.

Em 2007, o Botafogo era outra vez o adversário pelo caminho. Levir Culpi havia deixado o Atlético campeão mineiro para voltar ao Japão. Sob comando do interino Tico do Santos, no duelo de volta pelas quartas de final, no Maracanã, o time mineiro foi eliminado devido ao polêmico pênalti não marcado pelo árbitro Carlos Eugenio Simon em Tchô. Tico ficou pouco tempo no cargo e foi sucedido pelo também ex-goleiro Zetti.

Dois anos depois, já na administração de Alexandre Kalil, Celso Roth retornou ao clube. O primeiro desafio foi reverter uma derrota por 3 a 0 para o Vitória nas oitavas de final. Conseguiu repetir o placar a favor do Galo. Nos pênaltis, contudo, os baianos ficaram com a vaga.

Mais recentemente, Levir voltou ao clube e se viu envolvido na difícil tarefa de comandar a equipe numa decisão de maior porte. Na Libertadores de 2014, o Galo defendia o título da competição, quando Paulo Autuori foi sacado. 

Levir reestreou com derrota para o Grêmio, em Porto Alegre, para logo depois enfrentar o Atlético Nacional de Medellín. No Independência, o empate por 1 a 1 culminou na eliminação alvinegra, após revés por 1 a 0 na Colômbia.

Por último, Diogo Giacomini foi convocado para “tapar o buraco” quando o atual presidente Daniel Nepomuceno tirou Marcelo Oliveira do comando, na final da Copa do Brasil de 2016. Marcelo não suportou os 3 a 1 para o Grêmio em pleno Mineirão no primeiro jogo da decisão.

Giacomini esteve assumiu a função na derrota para o São Paulo, no Independência, e empatou em 1 a 1 com os tricolores gaúchos em Porto Alegre, placar insuficiente para impedir o vice-campeonato.

Marcelo deu lugar a Roger Machado, que promoveu Diogo Giacomini a auxiliar técnico. O assistente voltou a ser interino contra o Vasco e, agora, sai de cena para a estreia Micale, que assume “sem tempo de respirar”.

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