PORTO ALEGRE - Roger Machado é uma figura presente na final da Copa do Brasil de 2016. De um lado, o antigo time que ajudou a formular está com a vantagem dos 3 a 1 fora de casa, da primeira partida. Do outro, o futuro time do treinador tentará mais uma façanha. Antes do duelo do Atlético contra o Grêmio nesta quarta-feira (7), o próximo comandante alvinegro visitou a delegação do Galo no hotel em Porto Alegre.
Roger, mesmo sem ter sido apresentado oficialmente, é uma figura já presente no clube, ainda que não esteja instalado em Belo Horizonte de maneira definitiva. Ele trabalha nos bastidores, na reformulação do elenco no qual irá trabalhar a partir de janeiro, com saída de jogadores que não serão aproveitados e peças no mercado de transferências.
"O Roger não conheceu ainda as instalações, mas sabe que é um Centro de Treinamento de ponta. Ele está em Porto Alegre e deve mudar-se em definitivo para Belo Horizonte na reapresentação da equipe em janeiro, acho que está marcada para o dia 7 de janeiro. Mas já está trabalhando nas montagem do elenco do Atlético para a próxima temporada, em constante contato com a diretoria e comissão técnica. Inclusive, esteve no hotel da delegação aqui em Porto Alegre ontem (terça-feira)", comentou o empresário do técnico, Léo Ferreira, ao Hoje em Dia.
Léo Ferreira esteve na reunião com Roger Machado, o presidente Daniel Nepomuceno e o diretor de futebol Eduardo Maluf, em BH, na última quarta-feira (30). O encontro que durou 6 horas selou no acordo de dois anos de contrato entre as partes. Roger terá a primeira experiência fora do Rio Grande do Sul, como treinador. Ele só não foi anunciado antes da data citada por conta da tragédia da Chapecoense, que impediu a reunião dele com o clube justamente em Porto Alegre, sua cidade natal.
"Houve um contato do presidente com ele e comigo. Eu estava em São Paulo e iríamos nos reunir no meu escritório em Porto Alegre um dia antes da final (no dia 2 de dezembro). Mas aconteceu a tragédia com a Chapecoense e tivemos que adiar. Com a impossibilidade de acontecer a reunião em Porto Alegre, marcamos para Belo Horizonte, no dia seguinte", completou Léo, informando que havia sondagens de outras equipes para contar com o trabalho do treinador.
"O Roger estava na Europa, como sempre tenta fazer, para se aprimirar ainda mais como treinador. Ele era um nome forte no mercado pelo trabalho realizado no Grêmio e era uma vontade dele treinar o Atlético. Havia sondagens de outras equipes por ele, mas o Atlético foi o primeiro a querer negociar formalmente. E o Roger tinha o desejo de ir para o clube".