Romário, Ronaldo e Renato Gaúcho: há 20 anos, 'Minicraques' eram a sensação da Copa de 1998

Frederico Ribeiro
fmachado@hojeemdia.com.br
23/05/2018 às 01:34.
Atualizado em 03/11/2021 às 03:12
 (Henrique André/Hoje em Dia)

(Henrique André/Hoje em Dia)

Um ataque formado por Ronaldo Fenômeno, o então duas vezes melhor jogador do mundo, com Romário, herói do tetra, e Renato Gaúcho, cinco vezes Bola de Prata do Campeonato Brasileiro. Artilharia dos sonhos, que ficou apenas na imaginação e em bonequinhos que viraram febre há 20 anos, numa coleção que competiu de igual para igual com os álbuns de figurinha na véspera de um Mundial.

Na Copa do Mundo de 1998, realizada na França, a Coca-Cola colocava no mercado os "minicraques" da Seleção Brasileira. Eram 25 bonecos, mais o trio especial formado por Dunga, Romário e Ronaldo. Renato, com 36 anos, estava lá, mas não era chamado para vestir a amarelinha desde dezembro de 1993. Mas o que não faltava era opção no ataque.

Cada bonequinho vinha em uma embalagem individual, tampada, e poderia ser adiquirida na troca de cinco tampinhas ou anéis de lata mais o pagamento de R$ 2,00. A promoção começou em 4 de maio de 1998, e iria até 30 de junho, já no meio da Copa. 

Ronaldinho Fenômeno, então bicampeão da eleição de melhor do mundo da Fifa (1996 e 1997) era o grande craque daquela Copa, não à toa seu personagem dominava uma bola dourada. A Coca-Cola acabou errando na escultura de Romário, já que ele foi cortado antes de o Brasil estrear no Mundial.Henrique André / Hoje em Dia

Zagallo convocou 12 jogadores da coleção; abaixo os que foram esquecidos na lista de 1998

Mas a presença do Baixinho foi o menor dos equivocos da seleção dos bonequinhos cabeçudos da coleção. Cafu e Roberto Carlos, por exemplo, titulares absolutos das laterais também nas Copas de 2002 e 2006, não foram representados. Dos 22 convocados por Zagallo, apenas Taffarel, Carlos Germano, Júnior Baiano, André Cruz, Gonçalves, Zé Roberto, César Sampaio, Dunga, Denílson, Rivaldo, Ronaldo e Edmundo eram mini-craques. 

Outros 10 convocados ficaram de fora: Dida, Cafu, Roberto Carlos, Zé Carlos, Aldair, Doriva, Emerson, Giovanni, Leonardo e Bebeto. O curioso é que nove dos 26 mini-craques eram atacantes, sendo alguns deles ainda no futebol brasileiro, e outros já brilhando na Europa, como era o caso de Ronaldo e também Edmundo, melhor jogador do futebol brasileiro no ano anterior.

Por perspectiva diferente, a coleção completa apresenta nomes de jogadores que foram pouco convocados por Zagallo, como Rodrigo Fabri, que havia sido vice-campeão brasileiro em 1996 pela Portuguesa, Christian, então destaca do Internacional e Sonny Anderson, que fez carreira no Lyon e Barcelona. 

Dos jogadores que viraram Mini-Craques e que eram considerados favoritos na lista final de Zagallo, mas não viajaram à França, três se sobressaem: os volantes Flávio Conceição e Mauro Silva, este titular em 1994, mas um pedido de dispensa da Seleção pesou; e o lateral Zé Maria, além de Djalminha, que ficaria fora outra vez em 2002, por conta de uma cabeçada no técnico do La Coruña. 

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