São Paulo desperdiça chances e fica com gosto amargo do empate no Peru

Estadão Conteúdo
04/02/2016 às 07:15.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:17
 (Cris Bouroncle)

(Cris Bouroncle)

Um empate fora de casa a ser lamentado colocou o São Paulo bem perto da fase de grupos da Copa Libertadores. Após criar mais e perder muitas chances, o time ficou no 1 a 1 com o Cesar Vallejo, no Peru, e tem direito até de empatar sem gols, na semana que vem, no Pacaembu, para chegar à fase de grupos. O resultado também pode ser analisado por outra ótica, a de ter diminuído um enorme prejuízo. O São Paulo perdia por 1 a 0 até os 20 minutos do segundo, quando empatou e ainda teve muitas chances de virar. A defesa peruana salvou diversas chances nos instantes finais.

O herói do resultado foi o estreante Calleri. O atacante saiu do banco de reservas no segundo tempo para marcar o gol em jogo que esteve dominado pelo São Paulo. Gols perdidos, preciosismo e ansiedade tiraram da equipe um placar melhor em um jogo tranquilo, com estádio vazio e sem pressão de torcida.

O time chegou a ter 70% de posse de bola nos minutos iniciais, trocava passes com tranquilidade e invertia as jogadas de lado com facilidade, como se enfrentasse um adversário assustado pela disparidade de tradição entre um tricampeão mundial e um clube fundado há 20 anos.

O domínio produziu dois ótimos lances. Aos 10 minutos, Alan Kardec cabeceou a bola no travessão e a viu tocar o chão. Até ficou a dúvida se havia entrado ou não. Logo depois, Ganso recebeu livre na área e ao tirar do goleiro, novamente acertou o travessão. Era uma blitze do time favorito contra o assustado dono da casa.

Um novo jogo pareceu começar a partir dos 18 minutos. Na primeira descida do Cesar Vallejo, Hohberg ajeitou pela esquerda e bateu cruzado. A bola foi no ângulo, um verdadeiro golaço capaz de dar ânimo aos peruanos e de atordoar o São Paulo.

O antes dono do jogo perdeu o rumo e ficou desnorteado. A impressão é que de tão seguro do domínio, o time não esperava sofrer o golpe do gol adversário. A equipe passou a dar espaços na defesa e levou outros sustos, com direito a trabalho para o goleiro Denis.

O ritmo só voltou perto do intervalo, quando algumas jogadas meio desengonçadas quase deram certo. O técnico Edgardo Bauza inverteu a posição dos alas e com Michel Bastos na esquerda, a equipe ganhou profundidade pelo setor. Mas se acostumou a tentar a bola aérea a qualquer custo.

O decorrer do segundo tempo só aumentou a angústia. A derrota com sabor injusto, somado ao medo do vexame de cair na pré-Libertadores, enervou o time. A bola pareceu ficar mais pesada e os jogadores tinham medo de chutar, mesmo de dentro da área.

O domínio voltou no começo do segundo tempo e finalmente veio a recompensa. Em outra grande atuação, Ganso fez um lançamento do campo de defesa para Calleri. O argentino deu um leve toque para encobrir Libman e igualar.

O empate já era um resultado mais justo e até cômodo, pois o gol marcado fora de casa é critério de desempate no torneio. Porém o São Paulo continuou a atacar e a cada investida, teve um desperdício de chances.
 
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