Salários atrasados e dívidas obrigam Gilvan a acatar venda de Diogo Barbosa ao Palmeiras

Guilherme Guimarães e Alexandre Simões
Hoje em Dia - Belo Horizonte
14/11/2017 às 20:32.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:42
 (Washington Alves/Lightpress)

(Washington Alves/Lightpress)

O Cruzeiro tem problemas, os salários de outubro estão atrasados e, para completar, o presidente Gilvan de Pinho Tavares não se opôs à venda de Diogo Barbosa. O lateral-esquerdo, que reclamou no último domingo da sua situação contratual, deixará o clube cinco estrelas para jogar no Palmeiras em 2018.

A negociação entre o Banco BMG, detentor de 75% dos direitos econîmicos do jogador, e o Alviverde Paulista foi concretizada nesta terça-feira (14). A nova diretoria até se esforçou para manter Diogo Barbosa, mas sem dinheiro no caixa tudo fica mais difícil.

Gilvan de Pinho Tavares acenou que não compraria Diogo Barbosa e deixou o caminho livre para o Palmeiras, que pagará, segundo informações obtidas pelo Hoje em Dia, R$ 19 milhões pelo jogador. Desse montante, R$ 4 milhões serão repassados ao clube celeste, detentor de 25% dos direitos do atleta.

A situação do caixa do Cruzeiro nesse fim de ano é crítica. Além dos salários de outubro vencidos, falta verba para quitar novembro, mês a vencer em 15 dias, e ainda há a obrigação do 13º salário para o fim deste mês.

O Palmeiras, que tem respaldo da milionária Crefisa, uma empresa de crédito financeiro, entrou pesado na contratação de Diogo Barbosa. O clube paulista aproveitou falhas de gestão do Cruzeiro e “deu um chapéu” no clube mineiro.

O contrato de Diogo Barbosa, segundo apurou o Hoje em Dia, estava no fundo de uma gaveta na Toca da Raposa II. Além de estar largado, o documento previa que o clube celeste, assim que o lateral completasse 30 jogos, poderia comprar mais 25% dos direitos do atleta. Nesta quarta-feira (15), Diogo Barbosa completaria 60 jogos com a camisa estrelada. O jogador não deve ser aproveitado na partida contra o Avaí, às 19h30, no Mineirão.

Os 30 jogos foram completados em junho por Diogo Barbosa e o Cruzeiro não exerceu o direito de compra. Agora no fim do ano, mesmo que quisesse pagar 1 milhão de Euros por mais 25% do jogador, não adiantaria. Justamente porque o Palmeiras inflacionou o negócio.  

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