Sem atual campeão, Fórmula 1 vive expectativa de emoção na nova temporada

Rodrigo Gini
Hoje em Dia - Belo Horizonte
23/03/2017 às 19:27.
Atualizado em 15/11/2021 às 13:51

“Apertem os cintos: o campeão sumiu”. No caso, não sumiu, mas resolveu deixar as pistas depois de se impor e coroar o sonho de criança.

A decisão de Nico Rosberg fez com que, pela primeira vez desde Alain Prost, em 1994, um Mundial de Fórmula 1 não contasse com quem dominou a temporada anterior. Na teoria, um presente para o tri Lewis Hamilton. Isso se a Mercedes conseguir manter a hegemonia iniciada em 2014 com o britânico e se o finlandês Valtteri Bottas se contentar com o papel de escudeiro.

A questão é que a mudança radical nas regras é o cenário ideal para uma chacoalhada na hierarquia da categoria. A pré-temporada mostrou a Ferrari mais rápida e no mínimo à altura das Flechas de Prata nas simulações de corrida. Se será realmente o caso ou os comandados por Toto Wolff e Niki Lauda esconderam o jogo e ainda têm cartas na manga, as respostas virão a partir deste fim de semana.

Os bastidores se tornaram palco de um curioso jogo de empurra – Lewis Hamilton atribui o favoritismo aos carros italianos, enquanto Sebastian Vettel e Kimi Räikkönen, até mesmo por experiência própria, se esquivam da condição e indicam os rivais prateados como os pilotos a serem batidos.

Tanto quanto a capacidade de domar o rendimento extra das novas máquinas e conseguir o melhor desempenho nas voltas de qualificação – bom caminho andado para a vitória, será fundamental esse ano lidar com a mudança no comportamento dos pneus.

Até mesmo por cautela, a Pirelli, fornecedora única, preferiu tornar todos os compostos mais resistentes, o que representará menor número de pitstops, especialmente para os carros mais equilibrados (o uso de pelo menos dois tipos diferentes por corrida segue obrigatório).
“Os carros do ano passado não exigiam de nós o máximo física e mentalmente, o que é o caso agora”, destaca Hamilton que, ao menos na conversa com os jornalistas, se mostrou ansioso por bons duelos.

Incógnita
Quem chega a Melbourne sem deixar claro seu real potencial é a Red Bull, que escondeu da concorrência na pré-temporada seu pacote aerodinâmico definitivo. O genial Adrian Newey aproveitou, como gosta, a mudança radical nas regras para exercitar sua criatividade. Já a Williams de Felipe Massa voltou, depois de um ano decepcionante, a sugerir que poderá voltar ao pódio, com um carro de desenho conservador, mas rápido e confiável.

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