O torcedor do Cruzeiro ganhou um presente no aniversário do clube, no começo de janeiro, mas ainda não pode abrir a embalagem. Principal contratação da temporada, o meia Thiago Neves segue sem previsão de data para estrear com a camisa celeste.
Os documentos de transferência do armador ainda não chegaram às mãos da diretoria e, por isso, ele é desfalque certo na estreia da Raposa no Campeonato Mineiro, amanhã, contra o Villa Nova, às 17h. O duelo será disputado no Mineirão, porém com mando do time de Nova Lima.
O departamento de futebol do Cruzeiro ainda pode esperar mais de 20 dias para regularizar o seu principal reforço. A diretoria solicitou o ITC (certificado de transferência internacional) ao Al Jazira (Emirados Árabes Unidos) no começo desta semana, e o clube asiático tem sete dias para despachar a liberação. Caso isso não aconteça, o Cruzeiro poderá acionar a Fifa.
A partir daí seria contado o prazo de 20 dias, uma vez que a entidade máxima que regula o futebol ouvirá as partes para, assim, emitir um ITC provisório. Esse documento permitirá aos dirigentes da Raposa inscreverem Thiago Neves no Boletim Informativo Diário (BID) da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
A demora na inscrição do meia não surpreende o técnico Mano Menezes. “Quando nós conseguimos finalizar a contratação, já tínhamos uma ideia de que precisaríamos de um tempo maior para a regularização”, amenizou o comandante, que admite usar essa lacuna de tempo para dar mais ritmo ao jogador de 31 anos.
“Está dentro de um prazo esperado. Foi positivo para a preparação e para o conhecimento dele em relação aos outros jogadores e também nosso em relação a ele”, ressaltou.
Time da estreia
Sem uma de suas principais peças, o treinador precisou encontrar alternativa que mantivesse o “equilíbrio” no time, e a escolha do foi por Alisson. Assim, a equipe celeste deve ir a campo na estreia com: Rafael; Ezequiel, Léo, Manoel e Diogo Barbosa; Henrique, Ariel Cabral, Robinho, Alisson e Arrascaeta; Rafael Sóbis.
“Na prática, a gente equilibra melhor a equipe nos dois lados do campo. Robinho é mais armador que atacante. Precisaria, do outro lado, de um jogador com mais profundidade, um velocista que trabalhe a bola em direção ao gol. Alisson tem essa característica. Rafinha é mais parecido com o Robinho. Por isso optamos por começar com o Alisson”, explicou o treinador cruzeirense.