No discurso de quase cinco minutos para marcar os primeiros passos do mandato à frente do Atlético, o novo presidente eleito do clube, Sérgio Sette Câmara, destacou o obstáculo de conduzir o clube num momento "difícil do futebol brasileiro, notadamente na área financeira". E é neste ramo que as atenções do mandatário estará centralizadas.

Sette Câmara destacou que a folha salarial do time profissional do clube, por exemplo, precisa de readequação. Leia-se: redução. Atualmente, o Galo gasta cerca de R$ 10 milhões mensais para manter o elenco recheado de nomes de grande porte como Victor, Marcos Rocha, Leonardo Silva, Elias, Robinho e Fred. 

As palavras de controle de gastos para o Atlético esbarram também no orçamento previsto para 2018. O estudo traçado e aprovado no Conselho foi de arrecadação de R$ 296 milhões, contra R$ 316 milhões arrecadados em 2016 (a arrecadação de 2017 deve ser publicada em abril de 2018).

E toda esta previsão pode ser alterada se o Flamengo não for campeão da Sul-Americana nesta quarta-feira. Assim, o Atlético ficará fora da Copa Libertadores pela primeira vez desde 2013, o que afeta diretamente nos cofres alvinegros. Logo de cara, em caso de classificação, o Galo ganhará 400 mil dólares da Conmebol por participar da segunda fase da pré-Libertadores (brasileiros pulam a primeira fase).

"O planejamento passa para a Libertadores. Porque se não tivermos a Libertadores no ano que vem...obviamente iremos montar um grande time, mas o Atlético tem uma folha salarial muito pesada que precisa ser readequada à realidade do clube. Mas com inteligência e criatividade. Se tivermos na Libertadores, teremos jogo já em janeiro", disse Sérgio Sette Câmara

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