Sucesso da Copa Davis pode ser trunfo para BH voltar a ter competição internacional

Felippe Drummond Neto
fneto@hojeemdia.com.br
04/04/2016 às 17:54.
Atualizado em 16/11/2021 às 02:47
 (LUCAS PRATES)

(LUCAS PRATES)

Com a confirmação de Belo Horizonte como sede do duelo entre Brasil e Equador pela segunda rodada do grupo Sul-Americano da Copa Davis, entre os dias 15 e 17 de julho, um outro assunto importante para o desenvolvimento da modalidade na capital voltou à tona nesta segunda-feira (4): a realização de uma competição internacional na cidade.

Durante mais de 20 anos, a cidade fez parte do circuito de torneios da ATP, graças ao extinto BH Open, que teve sua última realização em 2011. Disputado pela primeira vez em 1992, o Challenger foi o berço onde Gustavo Kuerten, Martin Del Potro, André Sá, Bruno Soares e Marcelo Melo, disputaram suas primeiras competições de nível internacional.

Por isso, os tenistas mineiros Bruno Soares e Marcelo Melo, que participaram da coletiva de apresentação do duelo pela Davis, falaram também sobre a importância de o evento ser um sucesso para quem sabe ajudar o futuro do tênis na cidade.

Arena JK será palco da disputa entre Brasil e Equador pela repescagem da Copa Davis

“Não tenho dúvida que a Copa Davis em BH será um sucesso. O público mineiro sempre abraçou o tênis, prova disso era o BH Open, que durou 20 anos sempre com um bom público. Espero que o sucesso dessas partidas da Davis desperte o interesse dos empresários em quem sabe voltar a realizar uma competição internacional aqui”, acredita Bruno Soares.

Até hoje as únicas participações tanto de Marcelo Melo, quanto de Bruno Soares, em partidas profissionais em Belo Horizonte foram pelo extinto torneio disputado nas quadras da Dynamis e no PIC Pampulha.

“É claro que a gente gostaria que Belo Horizonte voltasse a ter um torneio internacional. Seria de extrema importância para a cidade e para o esporte poder ter uma competição que revele tantos jogadores e que serve de vitrine para os jovens jogadores. Além disso, poderíamos quem sabe a jogar em casa pelo menos uma vez por ano”, conclui Marcelo.

Presidente da Federação Mineira de Tênis, Matrud Bechara, também é a favor da volta de BH ao circuito, mas sabe que tudo depende do incentivo de patrocinadores. “Infelizmente o mercado atual não ajuda. Mas nada impede que os empresários voltem a investir no esporte no futuro, e quem sabe Belo Horizonte não seja sede de um novo torneio internacional”, diz o cartola.

Vale lembrar que a partir de 2017, o Rio de Janeiro, graças a construção do complexo olímpico de tênis, deverá pleitiar junto a ATP a realização de um torneio Masters 1.000, com isso o Rio Open (ATP 500), deve ser remanejado para São Paulo, e o Brasil Open (ATP 250) ficaria sem uma sede própria. Neste caso Salvador e Belo Horizonte são os principais centros para isso, já que são locais que já fizeram parte do circuito mundial.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por