Ao fim do treino da última quinta-feira (16), alguns jogadores do Atlético propuseram um desafio flagrado pela TV do clube. Bola posicionada no meio de campo, e a missão de acertar, com um chute, objeto no escudo do clube, cravado em um declive na beira do campo de treino. O técnico Roger Machado, incentivador de brincadeiras que testam a precisão técnica, lembrou de outro artefato que ajuda a aguçar a capacidade de fundamentos dos jogadores, o videogame.
Roger contou uma história envolvendo o atual gerente de futebol do rival Cruzeiro, Paulo César Tinga. Ambos foram revelados pelo Grêmio, chegaram a atuar juntos no fim da década de 1990 e início no novo milênio. Em um determinado jogo, Tinga, que naquela época atuava mais ofensivamente, fez no campo um truque que aprendeu no videogame, a cavadinha para vencer o goleiro.
"Até o videogame ajuda a treinar. O diretor de futebol do Cruzeiro, o Paulo César, o Tinga...uma história rápida. Eu ainda jogava, estava começando os jogos de videogame com maior definição (gráfica). E eles fazia campeonatos. Eu era mais velho, estava mais chato, e só ficava no meu quarto na concentração. Eles faziam primeira e segunda divisão. Era 22h e estava uma barulheira, acordaram todo mundo porque era o (Anderson) Polga e Tinga que iriam disputar para quem seria o campeão", disse Roger Machado, já se preparando para o desfecho da história e a risada dos jornalistas presentes na Cidade do Galo:
"O Tinga, na época, ele tinha descoberto uma jogada de ‘xis e bolinha’ (comandos do joystick) que dava uma cavadinha e fazia o gol quando chegava na cara do gol. E estava ganhando de todo mundo. E tinha jogo no dia seguinte. Acredita que o Tinga chegou na cara do gol e deu o ‘xis e bolinha’ e saiu gritando para mim (risos)? Saiu gritando assim, me chamando pelo apelido: 'Negobá, negobá, xis bolinha, xis bolinha'". Então treina, até o videogame treina", completou.Reprodução/TV RBS
Roger Machado é um dos apoiadores do projeto social de Tinga no Rio Grande do Sul