(Sergio Roberto Oliveira/Light Press e Mourão Panda/Divulgação)
O primeiro “clássico de Série A” deste Campeonato Mineiro 2018 terá um atrativo extra além das quatro linhas. O duelo entre Cruzeiro e América, pela quinta rodada do Estadual, colocará frente a frente os dois técnicos mais longevos dentre todos os clubes da elite do futebol brasileiro, considerando a Primeira e a Segunda Divisões.
Em uma profissão marcada pela grande instabilidade no país, Mano Menezes e Enderson Moreira possuem em comum o fato de terem sobrevivido a momentos de pressão no comando da Raposa e do Coelho. Mas foram mantidos por tempo suficiente para alcançarem a glória das conquistas, com os títulos da Copa do Brasil e da Série B em 2017, respectivamente.
A coincidência permitiu ainda que eles se enfrentassem quatro vezes pelos times mineiros nas duas últimas temporadas. Neste quesito, o cruzeirense é o único com motivos para comemorar, pois venceu três partidas, empatou uma e eliminou o rival em um “mata-mata”.
SEIS DIAS
Quando subirem ao gramado do Mineirão, às 17h deste domingo, Mano e Enderson estarão completando exatos 558 e 564 dias nos respectivos cargos.
O comandante alviverde chegou em 20 de julho de 2016, para substituir o português Sérgio Vieira, em meio a uma campanha já bastante ameaçada pelo rebaixamento à Segundona nacional.
O treinador celeste, por sua vez, foi anunciado apenas seis dias depois, coincidentemente, na vaga do também lusitano Paulo Bento. E, assim como na primeira passagem pela Raposa (setembro a dezembro de 2015), conseguiu salvar o time da queda.
HISTÓRICO
O primeiro confronto entre eles aconteceu justamente no Brasileirão 2016, com vitória azul por 2 a 0 (gols de Arrascaeta e Ábila).
Os duelos seguintes ocorreram no Campeonato Mineiro do ano passado. Na primeira fase, o Cruzeiro venceu por 1 a 0 (Rafael Sóbis). Na semifinal, o América deu trabalho no Independência e arrancou um empate em 1 a 1 (Messias e Thiago Neves), mas acabou eliminado no Mineirão, com derrota por 2 a 0 (Arrascaeta, duas vezes).
Após a perda do título estadual, os treinadores conviveram com críticas, mas deram a volta por cima e terminaram o ano em alta, com as taças nacionais. Agora, disputam a liderança do Mineiro e estão entre os favoritos à conquista, que seria inédita para ambos.