Título azul no apagar das luzes em 1972 no Mineirão

Henrique Ribeiro - Do Hoje em Dia
09/01/2013 às 08:27.
Atualizado em 21/11/2021 às 20:26
 (Arquivo Estadão Conteúdo)

(Arquivo Estadão Conteúdo)

O Campeonato Mineiro de 1972 foi aquele que protagonizou o duelo mais acirrado entre Atlético e Cruzeiro. Os rivais dominaram a competição desde a primeira rodada e o título só foi decidido numa partida desempate, com um gol no final da prorrogação. O destaque foi o atacante Palhinha, que teve a dura missão de substituir o ídolo Dirceu Lopes. Ele marcou os dois gols da vitória estrelada por 2 a 1.

Cruzeiro e Atlético encerraram as três fases do estadual de 1972 com a mesma campanha. Foram iguais em quase tudo: número de pontos, vitórias, empates e derrotas.

Os alvinegros só levaram vantagem no número de gols: dois a mais do que os azuis. No quadrangular final, que ainda teve as presenças do América e do Atlético Tricordiano, terminaram empatados em número de pontos. Assim, definiram o título numa partida desempate no Mineirão, no feriado de 7 de setembro.

O Atlético, que era o atual campeão brasileiro, contava com o goleiro uruguaio Mazurkiewickz, que era considerado o melhor do mundo na posição, além do atacante Dario, que buscava pela terceira vez a artilharia máxima do estadual.

DESFALQUE E SURPRESA

Por outro lado, o Cruzeiro não teria a dupla Tostão e Dirceu Lopes pela primeira vez contra o rival, numa partida decisiva no Mineirão. Tostão foi negociado com o Vasco, ainda na primeira fase e Dirceu Lopes havia fraturado a perna na partida contra o Atlético Tricordiano, no quadrangular final. Ambos foram responsáveis pelo título brasileiro de 1966 e pelo penta estadual de 1965 a 1969.

O clássico, como não poderia deixar de ser, caracterizou-se pelo equilíbrio. O Cruzeiro saiu na frente com um gol de Palhinha, ainda no primeiro tempo, mas Dario, com uma “bicicleta”, igualou a partida na etapa complementar.
O empate provocou a prorrogação de 30 minutos. E o jovem Palhinha, a seis minutos do fim, marcou o gol do título, que o consagrou como o mais novo ídolo azul.

Apesar de estar fora do jogo, Dirceu Lopes ficou no banco de reservas com a perna engessada e de muletas. Ao final da partida foi ovacionado pela torcida cruzeirense: “Dirceu, campeão!”

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