Tática da 'cortina de fumaça' pode ter encoberto interesse do Cruzeiro em Rogério Ceni; entenda

Guilherme Piu
09/08/2019 às 18:16.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:55
 (Divulgação/Cruzeiro)

(Divulgação/Cruzeiro)

Encontrar um novo treinador é a missão da diretoria do Cruzeiro após a saída de Mano Menezes. Nessa busca incansável por um substituto para comandar o elenco uma velha tática dos dirigentes celestes, a da "cortina de fumaça", pode ter sido usada para que as conversas entre as partes não fosse atrapalhada. 

O nome de Dorival Júnior pode ter sido essa "cortina" usada pelo departamento de futebol do Cruzeiro para encobrir tratativas com outro treinador, Rogério Ceni, atualmente o responsável por dirigir o Fortaleza.

Nessas duas situações outros atletas foram contratados para a mesma função. Quando o nome de Fernandão foi divulgado, quem acabou contratado foi Fred, que saiu do Atlético à época. No caso de Keno a contratação mesmo foi a de Pedro Rocha, emprestado pelo Spartak Moscou. 

Segundo apurou o Hoje em Dia, fontes ligadas ao alto escalão celeste comentam sobre o nome de Rogério Ceni, que não teria multa rescisória com o clube cearense e seu salário registrado na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) - salário em carteira - é de R$ 125 mil. Valor esse inferior ao pago a Mano Menezes, e que teria um upgrade caso o atual técnico do Fortaleza decida por vir à Toca II. 

O nome de Rogério Ceni como uma das possibilidades do Cruzeiro foi citado pelo portal Uol na última quinta-feira. 

Nesta semana o jornal O Povo, de Fortaleza, repercutiu o nome de Ceni no Cruzeiro, mas a diretoria do Leão do Pici afirmou que o técnico viajaria normalmente com a delegação do clube para Maceió, onde acontecerá o jogo contra o CSA. 

Negativa ao Atlético

Entre abril e maio deste ano o técnico Rogério Ceni esteve na pauta do Atlético quando da demissão de Levir Culpi no Alvinegro. No entanto, naquela época, Ceni disse não ao arquirrival do Cruzeiro e explicou a negativa em entrevista. 

"O Rui (Costa, diretor de futebol atleticano) me ligou. Ele foi muito bacana, me tratou muito bem. Estávamos nas finais do Cearense e ficamos para conversar depois. Mas estou com alguns problemas: meu pai está muito doente. Aqui (Fortaleza), eu já tenho um ritmo de trabalho. As pessoas que trabalham comigo sabem o sistema de jogo que eu utilizo, os jogadores já estão adaptados com meu trabalho. Se eu fosse naquele momento, não só para o Atlético-MG, qualquer outro clube, eu teria que mergulhar e conhecer a fundo jogadores, comissão... Lógico, a estrututa do Atlético é incomparável, mas você montar um plano de jogo leva um tempo", explicou o treinador no mês de maio deste ano. 

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