Terminada a temporada nos clubes, para o vôlei brasileiro é tempo de seleção

Rodrigo Gini
Hoje em Dia - Belo Horizonte
06/05/2018 às 21:00.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:42
 (Wander Roberto/Inovafoto/CBV)

(Wander Roberto/Inovafoto/CBV)

A festa pelo sexto título da Superliga pelo Sada Cruzeiro (competição que teve o Praia Clube, de Uberlândia, de forma inédita, como o melhor entre as mulheres) foi o ponto final da temporada para os clubes e sinônimo de férias para alguns atletas, mas não todos. Afinal, a hora é de "virar a chave" para os desafios das seleções, em um ano importantíssimo. Se ainda não é tempo de pensar na classificação para Tóquio-2020, não apenas é necessário trabalhar a renovação dos dois grupos e, acima de tudo, trabalhar forte para chegar aos campeonatos mundiais.

Agora sob o comando de Renan dal Zotto, que ano passado ficou com o vice-campeonato da Liga Mundial e o título da Grand Champions Cup do Japão, o Brasil começa o ano com um desafio conhecido, mas de nome e formato renovados. A Liga que era Mundial passa a ser das Nações e adota o mesmo sistema de disputa do feminino, com etapas classificatórias em quadrangulares alternando os adversários para definir os cinco classificados que se juntam à anfitriã das finais e atual campeã França.

Logicamente um título em jogo mas, acima de tudo, um processo de aprimoramento para o Mundial, de 30 de setembro a 9 de outubro, na Bulgária e na Itália, quando o país mais vitorioso do século vai jogar pelo tetra, depois de superada em 2014 pela Polônia. Nada menos que oito jogadores que estiveram em ação na decisão de ontem, no Mineirinho, reforçam o grupo que já treina com Renan: os celestes Isac, Evandro e Rodriguinho; William, Lucão, Douglas Souza, Murilo e Lipe, do Sesi. Na lista também estão os mineiros Otávio (Taubaté), Maurício Souza (Sesc-RJ) e Henrique, revelação do Minas.

As meninas já trabalham sob o comando de José Roberto Guimarães, dando prosseguimento a um ciclo iniciado ano passado com o 12º título do Grand Prix, que ganha o mesmo nome da competição masculina, embora mantenha o formato. A primeira fase começa dia 15 e, para as brasileiras, em Barueri, contra Alemanha, Sérvia e Japão. Ao longo de cinco etapas classificatórias serão conhecidos os seis classificados para as finais, em Nanjing (China), de 27 de junho a 1º de julho. As sérvias, aliás, estão no grupo do Mundial do Japão (de 29 de setembro a 20 de outubro), o que faz desse primeiro confronto um ótimo teste.

O grupo de 26 jogadoras que já trabalham em Saquarema mantém a base do ano passado, mas traz novidades interessantes. Caso dos retornos de Thaísa (recuperada de uma grave contusão), Dani Lins e Jaqueline, agora apostando na função de líbero; e da chance para a ponteira mineira Mara, campeã com o Praia.

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