Thiago Neves decide a favor do Cruzeiro na Vila Belmiro, e Raposa volta ao G-4 após dois anos

Guilherme Guimarães
gguimaraes@hojeemdia.com.br
28/05/2017 às 18:08.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:45

Enfim o Cruzeiro retorna ao G-4 do Campeonato Brasileiro. Demorou, mas aconteceu. A Raposa venceu o Santos por 1 a 0 na Vila Belmiro, na noite deste domingo, e após dois anos figurará na parte mais alta da tabela do Campeonato Brasileiro. O meia-atacante Thiago Neves fez o gol da vitória estrelada na partida da terceira rodada do Nacional.

A vitória celeste na Vila Belmiro é um grande feito, já que neste ano o Peixe só perdeu, com a derrota deste domingo, quatro vezes no seu estádio. Foi a 11ª partida santista em casa em 2017.

O jogo

Muita presença no campo ofensivo, mas pouca efetividade diante do Santos. Assim foi o Cruzeiro no primeiro tempo. A Raposa, mesmo com três volantes, mostrou que não foi à Vila Belmiro só para se defender e gerou muita dificuldade para o Peixe, que não teve todo o espaço para jogar como gosta em seus domínios.

Apesar de a formação com três volantes ter dado consistência à escalação de Mano Menezes, tirou do time “poder de fogo”. O Cruzeiro marcava presença nos arredores da área do goleiro Vanderlei, mas não conseguia criar, efetivamente, uma grande chance de gol.

A melhor chance do primeiro tempo saiu dos pés de Bruno Henrique, um belo-horizontino que passou sua infância no bairro Concórdia, na região Nordeste da capital mineira e que apareceu no futebol jogando na várzea. Mais precisamente no time Inconfidência, campeão da tradicional Copa Itatiaia, em 2012.

Aos 32 minutos, o atacante santista, que se destacou no Goiás e também jogou no Wolfsburg-ALE, arrancou, ganhou do zagueiro Léo na corrida e chutou forte. Não fosse o arrojo de Fábio, fatalmente o Cruzeiro levaria o gol. Raposa saiu ilesa pela grande defesa de seu camisa 1.

Com o meio-campo celeste congestionado, o próprio Bruno Henrique comentou o que seria necessário para o Peixe chegar ao gol no segundo tempo.

“Tem que contnuar trabalhando pelas laterais, nas jogadas individuais. A gente tem que conseguir jogar pelas beiradas”, disse.

Um dos jogadores mais lúcidos do Cruzeiro no primeiro tempo, o atacante Alisson que buscou muito o jogo nos primeiros 45 minutos, valorizou o desempenho da Raposa na etapa inicial.

“Sabemos a divudildade que é jogar aqui (Vila Belmiro). Fizemos um grande primeiro tempo, eles estão bem postados lá atrás. Vamos ver o que podemos melhorar no segundo tempo”, comentou.

No segundo tempo ficou evidente que o problema do Cruzeiro na partida era velocidade nos contra-ataques e falta de criatividade. No primeiro tempo o time rodou, rodou e rodou a bola sem ter uma grande oportunidade de gol quando esteve à frente da área de Vanderlei. E seguiu assim na segunda etapa, dando até mais campo de jogo para o Santos atuar.

Mano Menezes precisou fazer duas substituições logo no começo do segundo tempo por lesão. O zagueiro Dedé sequer voltou do intervalo, após reclamar de dores no joelho esquerdo. O que gera certo clima de apreensão, já que o defensor ficou mais de dois anos afastado por problemas no joelho, só que o direito.

Outro substituído foi Arrascaeta. Atingido no joelho por Copete, após levar uma “tesoura” do colombiano, o uruguaio ao sair deixou o Cruzeiro sem a opção de um bom condutor de bola no meio-campo. Thiago Neves entrou, mas o meia-atacante tem características de cadenciar mais o jogo. Sem tanta força ofensiva, a Raposa ainda teve uma chance de ouro desperdiçada pelo próprio Thiago Neves.

Aos 31 minutos, Thiago Neves perdeu chance claríssima de gol. Ábila deixou o camisa 30 na cara de Vanderlei, mas o meia-atacante da Raposa não conseguiu marcar. Poderia ter sido a grande chance celeste no jogo, mas o próprio Thiago Neves fez o gol da vitória.

Aos 37 minutos, Ariel Cabral lançou Ábila com um passe magistral. O atacante ganhou a jogada na linha de fundo, e tocou para Thiago Neves, que apareceu rapidamente na área e fez o gol. Cruzeiro 1 a 0.

O gol coroou o que o Cruzeiro tanto buscou em campo. Se não foi brilhante, pelo menos a Raposa somou os três pontos que levaram o time, após 78 rodadas, de volta ao G-4 do Campeonato Brasileiro. Desde o tetracampeonato nacional os celestes não ocupavam a parte mais alta da tabela de classificação do Brasileirão.

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