Tira-teima no clássico: retrospecto mostra empate entre Atlético e Cruzeiro no Brasileirão

Alexandre Simões
asimoes@hojeemdia.com.br
29/06/2017 às 21:59.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:19
 (Bruno Cantini/Divulgação)

(Bruno Cantini/Divulgação)

Apesar de os dois times estarem brigando no meio da tabela de classificação do Campeonato Brasileiro, um clássico entre Atlético e Cruzeiro, mesmo que no início de uma competição por pontos corridos, vale sempre muito mais que os três pontos.

O que os dois rivais vão disputar domingo, às 16h, no Independência, pela 11ª rodada da Série A, tem ainda um ingrediente a mais. Será o 65º confronto entre atleticanos e cruzeirenses pelo Brasileirão, considerando-se a unificação promovida pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em 2010.

E em meio século de história, pois o primeiro clássico foi disputado em 5 de março de 1967, pela extinta Taça de Prata, e terminou com goleada cruzeirense por 4 a 0, cada clube ganhou 22 partidas. Foram registrados ainda 20 empates.

Domingo, quem sair com os três pontos, além de poder se aproximar do G-6, passará a ter a hegemonia nos clássicos pelo Campeonato Brasileiro.

Hegemonias

Cada formato do Campeonato Brasileiro tem o domínio de um dos dois rivais. E quem levou vantagem na primeira parte da história do clássico pela principal competição nacional, entre 1967 e 2002, foi o Atlético, num período dominado pelos empates, que foram 16 em 38 partidas. O Galo venceu 14 confrontos e o Cruzeiro ganhou oito.

A partir da Era dos Pontos Corridos, os empates passaram a ser raridade no clássico mineiro. Em 26 confrontos, apenas quatro terminaram empatados. Nos outros 22, foram 14 vitórias cruzeirenses e oito atleticanas.

O jogo que pode valer a hegemonia do confronto terá em campo dois especialistas, um de cada lado. Fábio é o jogador que mais disputou clássicos pelo Brasileirão, com 18 participações a partir de 2005, quando chegou à Toca da Raposa.

Capitão atleticano, Leonardo Silva completa neste domingo seu 12º jogo contra o Cruzeiro pelo Brasileirão, desde 2011, e se iguala ao lateral-esquerdo Paulo Roberto Prestes e ao atacante Marques, jogadores que mais defenderam o Galo no confronto.

Público

Um aspecto que impressiona é a queda da média de público do clássico, no Brasileirão, com o passar do tempo. E nesta década, quase quatro vezes menos torcedores vão ao confronto, numa comparação com os números registrados na década de 1960.

Os primeiros cinco clássicos pelo Brasileirão, disputados entre 1967 e 1970, tiveram média de mais de 87 mil pagantes por partida.

Os 14 clássicos disputados a partir de 2010, num período em que o Mineirão esteve fechado para reformas por causa das Copas das Confederações e do Mundo, e o Atlético passou a usar o Estádio Independência, a média de público do confronto caiu para pouco mais de 24 mil pagantes por jogo.

Os mais de 3,2 milhões de torcedores que assistiram aos 64 clássicos dão ao confronto uma média de 50.471 pagantes por partida.

Para o clássico de domingo, foram disponibilizados 22.261 ingressos. Se o jogo tiver menos de 19.779 torcedores, a média de público do confronto, pelo Campeonato Brasileiro, será inferior a 50 mil pagantes pela primeira vez numa história de meio século.
















 

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