Top 3 da Copa do Brasil, Grêmio, Cruzeiro e Flamengo são 'alvos' do embalado Botafogo

Alexandre Simões
asimoes@hojeemdia.com.br
14/08/2017 às 19:15.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:04
 (Washington Alves/Lightpress/Cruzeiro)

(Washington Alves/Lightpress/Cruzeiro)

Com os três clubes (Grêmio, Cruzeiro e Flamengo) de maior tradição na Copa do Brasil envolvidos na briga pelo título, as semifinais da edição de 2017 têm como característica os especialistas sendo desafiados pelo “azarão” Botafogo, que integra a lista dos 12 grandes do futebol brasileiro, mas tem uma história muito pobre na segunda competição nacional.

Dentro desse contexto, o confronto mais importante será o clássico carioca, com o Botafogo, que chegou apenas à final de 1999, mas foi superado pelo Juventude-RS, encarando o tricampeão Flamengo.

Para a história da Copa do Brasil, o duelo mais aguardado das semifinais reúne Cruzeiro e Grêmio, que fazem a ida nesta quarta-feira (16), às 21h45, em Porto Alegre. A volta será dia 23, no Mineirão.

Neste confronto, além da vaga na decisão, estará em jogo a manutenção da hegemonia pelo Grêmio, que é penta da Copa do Brasil, diante de um Cruzeiro que é tetra.
Nessa história, o Tricolor nunca deixou de ser o maior vencedor da competição. Mas o que pode servir de ânimo para a China Azul é o fato de a Raposa sempre igualar o número de títulos dos gaúchos logo depois deles abrirem vantagem, apesar disso nunca ter acontecido no ano seguinte.

O que aconteceu no ano seguinte, por três vezes, como mostrará a sequência a seguir, é o Grêmio levantar a taça após um título cruzeirense.

Primeiro campeão da Copa do Brasil, em 1989, o Grêmio teve a chance de ser bi em 1993, mas perdeu a final para o Cruzeiro. A segunda taça gaúcha veio na temporada seguinte, mas em 1996 a Raposa empatava o jogo. Em 1997, o tricolor chegou ao tri, igualado pelos celestes em 2000.

A primeira Copa do Brasil deste século, em 2001, foi do Grêmio, que viu o tetra ser igualado pelo Cruzeiro em 2003. Na decisão mineira de 2014, a Raposa teve a chance de se isolar na ponta do ranking de títulos, mas foi superada pelo rival Atlético e o primeiro penta da competição acabou saindo ano passado.

Com uma reta final de Copa do Brasil impressionante, o Grêmio passou por Cruzeiro (semifinal) e Atlético (final) sobrando principalmente nas partidas de ida, ambas no Mineirão.

HISTÓRICO

Se for considerado o histórico das semifinais das 28 edições anteriores, Cruzeiro e Flamengo carregam uma vantagem, que é disputar o jogo de volta dentro de casa.

Dos 56 finalistas de Copa do Brasil, desde 1989, 35 garantiram presença na decisão fazendo a segunda partida em seus domínios, contra 21 classificações dos visitantes. Este, inclusive, foi o enredo dos dois últimos anos.

Nas últimas dez edições, de 2007 para cá, por quatro vezes (2010, 2012, 2015 e 2016), os mandantes do jogo de volta das semifinais fizeram a decisão. Só em 2007 os dois visitantes foram finalistas. Nos outros anos, a conta ficou empatada.


PRIORIDADE

Um ingrediente a mais para a reta final da Copa do Brasil é a campanha impressionante do Corinthians no turno do Brasi-leirão. Isso acabou dando protagonismo à reta final da segunda competição nacional de clubes, o que dificilmente acontecerá novamente.

Neste momento, a Copa do Brasil virou prioridade até mesmo para o vice-líder da Série A, o Grêmio, que perdeu para o Botafogo (1 a 0) no último domingo, no Engenhão, com um time totalmente reserva, porque o tricolor gaúcho poupou sua equipe principal para encarar o Cruzeiro, amanhã, em Porto Alegre. Os cariocas também entraram em campo sem seus titulares.

No Cruzeiro, Mano Menezes poupou sete atletas na derrota de 3 a 2 diante do São Paulo. Só o Flamengo entrou em campo com o que tinha de melhor para ser derrotado por 2 a 0 pelo Atlético, no Independência.Marcello Zambrana/Light Press/Cruzeiro

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