Duas bombas foram atiradas no setor onde fica localizado os torcedores que possuem o programa Galo na Veia Black. A alegação é que os artefatos teriam vindo da torcida do Cruzeiro, posicionada nas arquibancadas acima dos atleticanos. Além das bombas, pedras e milhos também teriam sido jogadas nos torcedores alvinegros, machucando algumas pessoas.
Nesta segunda-feira (14), nas redes sociais, circula a imagem de um Boletim de Ocorrência feito por atleticanos, atingidos pela bomba. Guilherme Gomes procurou à Polícia Militar para documentar a agressão sofrida e relatou a tensão com o fato.
"Foram duas bombas atiradas no setor. A que me atingiu foi a primeira. Muita gente foi atingida ali, mas quase ninguém quer fazer BO (Boletim de Ocorrência). A segunda bomba caiu, mas não chegou a explodir. ela caiu pegando fogo e alguém pisou em cima dela", disse Gomes, relatando que a bomba foi entregue à polícia.
O torcedor sofreu algumas escoriações nas pernas, costas, além de uma queimadura na panturrilha e inchaço nas mãos. Guilherme, inconformado com o fato, relata que felizmente não levou seus filhos à arena, temendo que eles fossem feridos.
"Tenho quatro cartões do Galo Na Veia: o meu, dos meus filhos e da minha mulher. No (Campeonato) Mineiro, a torcida do Cruzeiro estava jogando milho e estava machucando, tive que ir embora. Desta vez, fui com meus colegas. Eu estava de calça e tênis e já aconteceu isso tudo. E se fosse um menino pequeno? Explode perto dele e corre risco de perder uma mão", preocupou-se Gomes.
A agressão sofrida fez com que Guilherme se posicionasse de forma contrária aos clássicos com duas torcidas no Independência.
"Vou em todos os jogos do Galo e teve problemas apenas contra o Newell´s, que eles jogaram moedas, e com a torcida do Cruzeiro, duas vezes neste ano. Clássico tem quer ser torcida única, se for no Independência".
Kalil pede punição
O presidente do Atlético também se revoltou com o fato presenciado no Independência. O mandatário avisa que vai denunciar o fato ao STJD e alerta que este tipo de situação tem que acabar no futebol brasileiro.
“Espero que o tribunal veja o que aconteceu. Isso só com esse visitante (Cruzeiro). Jogaram duas bombas na minha frente, sendo que uma poderia cegar uma pessoa. Temos que parar com isso no futebol”, ressaltou o dirigente.