Um ano de Robinho no Galo: mosquito, coluna, Seleção, artilharia, prêmios e números à la R10

Frederico Ribeiro
fmachado@hojeemdia.com.br
24/02/2017 às 02:01.
Atualizado em 16/11/2021 às 00:41

Nesta sexta-feira de pré-Carnaval, o atacante Robinho completa exatamente um ano em que veste a camisa do Atlético. Foi num 24 de fevereiro do ano passado que o camisa 7 entrou pela primeira vez em campo como atleta do Galo, diante do Independiente del Valle, na fase de grupos da Libertadores.

O jogador, que completou 33 anos no mês passado, viveu uma temporada de conquistas pessoais, se tornando artilheiro do país em 2016 e tendo contribuições nos mesmos moldes de Ronaldinho quando o camisa 10 também completou um ano no clube mineiro.

Com 25 gols e 11 assistências neste período, Robinho provou o alto investimento salarial do clube mineiro e, agora, retorna de vez ao time para, em 2017, angariar troféus para o clube mineiro. No período de 365 dias, R10 virou 'bruxo' e assombrou a matemática. Marcou menos gols que Robinho (19), mas deu 24 assistências para os companheiros.

.@Robinho é #Galo! Mais uma vez, obrigado @DRYWORLD_IND @Dryworld_BR!— Daniel Nepomuceno (@dan_nepomuceno) 11 de fevereiro de 2016

O "Rei das Pedaladas" foi contratado oficialmente no dia 11 de janeiro. Até a chegada de Elias neste ano, era o anúncio mais impactante do presidente Daniel Nepomuceno no Twitter, com 773 respostas, 6.190 retweets e 6.749 curtidas dos 211 mil seguidores que o mandatário mantém na rede social. Bruno Cantini/Atlético / N/A

Nepomuceno agradeceu a ajuda da Dryworld na contratação de Robinho, que veio sem custos após deixar o Guangzhou Evergrande, mas teria o maior salário do elenco com cerca de R$ 700 mil mensais. A parceria com a Dryworld degringolou, mas a parte dos vencimentos de R7 arcados pela empresa foi contornado entre o clube e o jogador. 

"Da parte do Galo nunca teve atraso no meu salário. Infelizmente a Dryworld não cumpriu com o que estava combinado, mas isso já foi acertado com o Atlético. Mas não é isso que vai me impedir de jogar, se a Dryworld me pagar ou não", disse o jogador, em entrevista à TV Bandeirantes, no ano passado.

Já a advogada do jogador, Dra. Marisa Alija, respondeu ao Hoje em Dia que "não existem pendências com o Atlético e não chegamos a fechar com a Dryworld. Todo o valor prometido pelo clube foi honrado".

O jogador estreou diante do Independiente del Valle na Libertadores entrando como reserva, no lugar de Cazares, no Independência. Fez, dois jogos após, três gols diante do Tombense, um raro hat-trick na carreira, que se repetiria diante do Villa Nova (7 a 2). Mas na Libertadores, ele pouco brilhou.  Basta lembrar que se lesionou duas vezes em jogos da competição.

O mosquito do Chile que o tirou da partida contra o Colo-Colo e a lesão muscular no primeiro jogo diante do São Paulo, pelas quartas de final, que culminou na sua ausência para o confronto da volta, no desfecho negativo da eliminação alvinegra.

Mas Robinho conseguiu terminar o primeiro semestre com uma compensação. Se tornou o artilheiro do Campeonato Mineiro com nove gols. Não ergueu o troféu do torneio, pois o América venceu o Galo na decisão. Entretanto, faria boas apresentações no Campeonato Brasileiro. Numa delas, inclusive, chegou a conversar com a Adidas (rival da Nike, que tinha contrato com Robinho desde os tempos de Santos em 2002).

O atleta usou uma das chuteiras da multinacional alemã e a representante do jogador, Marisa Alija, chegou a confirmar ao Hoje em Dia que havia possibilidade de assinarem um contrato de patrocínio com a marca. As conversas estagnaram e R7 continua usando chuteiras Nike pintadas de preto.

25 gols, 11 assistências - 36 participações a gol em 56 jogos19 gols, 24 assistências - 43 participações a gol em 50 jogos

A campanha no Brasileirão ficou em mais uma classificação para a Libertadores. Robinho foi fundamental mesmo na ida do Atlético até a decisão da Copa do Brasil. Mais uma derrota, mas que não tirou dele novos troféus individuais, eleito para a Seleção do Campeonato Brasileiro (Bola de Prata Placar e Prêmio Craque do Brasileirão), além da "chuteira de ouro" da temporada, conquistando o Prêmio Arthur Friedenreich.

Na virada do ano, Robinho recebeu um presente. Seria titular da Seleção Brasileira no amistoso contra a Colômbia em prol das famílias vitimadas pelo acidente aéreo com a Chapecoense. Entretanto, o retorno ao time canarinho (ele não era convocado desde a Copa América de 2015) resultaria em uma nova lesão, desta vez na coluna.

O problema foi curado no DM alvinegro e Robinho reestreou pelo Atlético, em 2017, com uma assistência para o atacante Fred, na goleada contra o América. Neste sábado, poderá voltar a campo diante do Democrata-GV, com duas certezas/esperanças: de que não sentirá dor na coluna e que o contrato vencendo em dezembro será estendido. Bruno Cantini/Atlético / N/A

Robinho comemora gol diante do Sport no BR-2016, uma das suas grandes atuações no Atlético

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