'Usain Bolt Irlandês' conquista mais um ouro na Paralimpíada e ainda quer mais

Estadão Conteúdo
esportes@hojeemdia.com.br
11/09/2016 às 12:03.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:47
 (Rio2016/Divulgação)

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Com cinco medalhas de ouro em sua carreira nos Jogos, o maior velocista paralímpico, Jason Smyth, não se cansa de competir e ganhar. Ele diz saber que é "melhor do que os outros caras". Chamado de "Usain Bolt da Paralimpíada" ou "Usain Bolt Irlandês", pela torcida, Smyth é dono de três recordes mundiais. O irlandês de 29 anos tem 5% de campo de visão, comprometida pela doença de Stargardt, mal hereditário que afeta o sistema ocular.

Assim que ganhou a medalha de ouro nos 100 metros da categoria T13 no estádio Olímpico, o Engenhão, Smyth definiu que cruzar a linha de chegada em primeiro lugar "é como estar em um conto de fadas que não tem fim". Com a vitória, ele tornou-se tricampeão paralímpico da prova.

"Anos atrás, eu não poderia imaginar que estaria aqui de pé, vivendo do esporte e das coisas que já alcancei. A coisa mais incrível para qualquer pessoa é alcançar algo na vida. Eu não sou diferente de nenhuma forma, ou mais especial do que qualquer outro garoto que esteja crescendo na Irlanda. Mas trabalhei duro para isso, dei tudo o que eu tinha", disse.

Smyth diz que houve maior pressão para que ele ganhasse a prova do que em outras competições, mas ele soube lidar com isso. Mais uma vez, dispensou a modéstia: "sei que eu sou melhor do que os outros caras".

Smyth virou atleta aos 16 anos, quando uma professora identificou o potencial do adolescente. Atualmente, seus ídolos são o físico Stephen Hawking, que sofre doença motora degenerativa, e o jogador de futebol Steven Gerrard, craque do futebol inglês. Sua maior influência, porém, é a família, declarou. O atleta é casado e tem uma filha bebê.

O irlandês mostrou-se decepcionado porque não ocorrerá a prova dos 200 metros categoria T13. A competição foi retirada pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês) para enxugar a competição. Se ganhasse, ele seria tricampeão e se igualaria ao jamaicano Usain Bolt. "Eu levei um duplo ouro em Pequim (2008) e um em Londres (2012). O próximo passo seria um duplo no Rio. Iria ser incrível ter isso aqui. É decepcionante", lamentou.
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