A tradição mineira de títulos na F-3 (Cristiano da Matta, Bruno Junqueira, Clemente Jr., Alberto Valério e Fernando Resende) tem tudo para ganhar um novo capítulo esse ano. Com quatro vitórias nas últimas quatro corridas, o ipatinguense Igor Fraga assumiu a liderança do Brasileiro na categoria F-3 Academy (motores Berta com potência limitada) e luta pelo título que lhe daria, como prêmio, a temporada 2018 na categoria A, a principal.

Seria o prosseguimento ideal para uma carreira no mínimo diferente, e de talento desde as primeiras voltas. Com a família descendente de japoneses, o piloto de 18 anos cresceu na terra do Sol Nascente e lá se interessou pelo kart, aos cinco anos, conquistando títulos e se destacando em campeonatos asiáticos.
De volta ao Brasil, encontrou, em 2015, a F-3 como o melhor caminho para sonhar com voos mais altos e, apesar das dificuldades para conseguir patrocinadores nos dois primeiros anos (em 2016 disputou apenas duas etapas), acumulou uma experiência que tem feito a diferença agora, a bordo do Dallara da equipe Prop Car de Dárcio dos Santos, tio de Rubens Barrichello.

E já pensando nos próximos passos, Igor vai disputar, no primeiro fim de semana de setembro, a etapa da Cidade do México da F-4 Nacam (Américas Latina e Caribe), preliminar do Mundial de Endurance.

A categoria, hoje presente em vários países da Europa e nos EUA, é considerada pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA), a base da pirâmide rumo à F-1. Para o mineiro, uma oportunidade a mais de mostrar serviço.

“Embora o carro seja parecido com o da F-3, meu contato com ele, a pista (Circuito Hermanos Rodríguez), e a equipe será mesmo na semana do evento. A capacidade de adaptação deve ser uma das principais qualidades de um piloto, e por isso espero aproveitar cada minuto para deixar uma boa impressão”.

 RÁPIDAS

RAFA MATOS VOLTA A ACELERAR NA

TRANS-AM NORTE-AMERICANA

Outro mineiro em evidência no automobilismo nacional e internacional, Rafa Matos volta à pista neste fim de semana para a oitava etapa do campeonato da Trans-Am, categoria norte-americana com chassis tubulares e motores V8, disputada em circuitos mistos. Depois de fazer bonito na quinta etapa, em Detroit (correndo como convidado na classe TA2 e obrigado a largar em 12º já que a qualificação foi interrompida quando iria abrir sua volta rápida, recebeu a bandeirada em segundo), ele recebeu o convite da equipe HP Tech para disputar o restante da temporada, já com perspectivas para 2018. Rafa foi ainda quinto lugar em Mid-Ohio e vai acelerar no difícil traçado de Road America, conhecido dos tempos da F-Atlantic e da American Le Mans Series. “A equipe conseguiu preparar meu carro antes do previsto e, embora não fosse a ideia original, consegui correr já em Mid-Ohio, novamente andando entre os primeiros. Agora que estou mais familiarizado com o time e o equipamento e numa pista que conheço e de que gosto, a ideia é brigar mais uma vez pelo pódio, embora o nível do campeonato seja bastante interessante”, diz o mineiro, que acumula a função de chefe da equipe Next Level Motorsports, que disputa o Norte-Americano de F-4 com o estreante Jett Noland.

 DOIS MINEIROS E UM BRASILIENSE SE

GARANTEM  NA FINAL DA SELETIVA PETROBRAS

Os mineiros Gabriel Paturle e Lucas Grosskopf e o brasiliense Lucas Okada carimbaram o passaporte para a final da Seletiva Petrobras de Kart, iniciativa que oferece premiação em dinheiro (R$ 85 mil ao campeão) e testes em equipes de fórmula e turismo a revelações do esporte no Brasil. Os dois primeiros foram os melhores entre 15 e 18 anos nas duas baterias da etapa de abertura da Taça Minas Gerais, no RBC Racing, em Vespasiano, enquanto Okada, na soma das baterias, obteve a maior pontuação. Data e local da finalíssima ainda serão confirmados.

 EQUIPE DA UFMG VENCE, EM PIRACICABA,

ETAPA SUDESTE DO SAE BAJA BRASIL

A equipe Baja UFMG, composta por estudantes de engenharia mecânica da instituição de ensino federal, venceu a etapa Sudeste do Baja SAE Brasil, em Piracicaba, superando 33 concorrentes de São Paulo, Minas, Rio de Janeiro e Espírito Santo. O desafio do evento é desenvolver um veículo experimental com motor estacionário e regulamento bastante restrito, capaz de levar a melhor na avaliação dos juízes (todos engenheiros da indústria da mobilidade) e também nas provas práticas, entre as quais uma corrida de resistência fora de estrada de três horas de duração. O time conseguiu ser o melhor em três dos quatro quesitos avaliados, batendo a tradicional FEI, de São Paulo. A “Komiketo Baja”, da Universidade Federal de São João del-Rei, também se destacou, com o quarto lugar final.

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