Vitória em Montevidéu pode começar a mudar a história do 7 na vida da Seleção Brasileira

Alexandre Simões
asimoes@hojeemdia.com.br
22/03/2017 às 20:23.
Atualizado em 15/11/2021 às 13:50

A sétima vitória consecutiva da Seleção em Eliminatórias, que pode ser alcançada hoje, às 20h, diante do Uruguai, em Montevidéu, vai valer muito mais que o recorde que será estabelecido, superando não só a marca atual, mas também a de 1969, de um time que ficou conhecido como “Feras do Saldanha” e que no ano seguinte, sob o comando de Zagallo, conquistou o tri no México.
Vencendo a Celeste Olímpica, o Brasil, que lidera a qualificatória sul-americana para a Copa da Rússia, chega aos 30 pontos e garante a sua classificação.
Isso porque nas Eliminatórias, no formato atual e com dez seleções, a maior pontuação para se garantir pelo menos o quarto lugar foi 28, na competição para o Mundial de 2002.
A vaga na Alemanha, em 2006, foi assegurada com 26 pontos. Para ir à África do Sul, 25 foram suficientes.
Disputar o próximo Mundial é fundamental para o Brasil, pois só nos gramados russos a Seleção terá a chance de recuperar o prestígio perdido após os 7 a 1 sofridos diante da Alemanha em 2014.
Mas antes mesmo da Copa, alguns passos podem ser dados. E se vencer o Uruguai hoje, e o Paraguai, terça que vem, em São Paulo, o Brasil, que era nono no ranking da Fifa quando Tite assumiu, e hoje é segundo, pode tomar da Argentina a ponta.

Vingança
Além disso, vencendo hoje, o Brasil tira do Uruguai a condição de única seleção com 100% aproveitamento como mandante nestas Eliminatórias.
Nos seis jogos disputados no Estádio Centenário, local do confronto desta noite, os uruguaios conquistaram os três pontos.
A Seleção Brasileira só não tem 100% de aproveitamento em casa por causa da Celeste Olímpica. Em 25 de março do ano passado, na Arena Pernambuco, o Brasil abriu 2 a 0, mas permitiu o empate uruguaio.
Evidências não faltam de que a sétima vitória consecutiva do time de Tite nas Eliminatórias, no lendário Estádio Centenário, fará com que o sete, depois de quase três anos da tragédia do Mineirão, ganhe também um significado positivo na história da Seleção.

Inédito
Se Tite busca marcas em Montevidéu, o treinador uruguaio, Óscar Tabárez, tem um motivo especial para desejar muito os três pontos hoje. E ele não está nem relacionado ao fato de que caso vença, sua equipe estará também com um pé na Copa da Rússia, embora não possa tomar a primeira posição do Brasil.
No comando da Celeste Olímpica há 11 anos, Tabárez nunca venceu a Seleção Brasileira. Em cinco jogos, foram dois empates e três derrotas, uma delas por 4 a 0, nas Eliminatórias para a Copa de 2010, dentro do Centenário.
Para tentar superar o Brasil, o treinador uruguaio, que não contará com o atacante Suárez, suspenso, pode optar pelo cruzeirense Arrascaeta como companheiro de Cavani, embora o mais provável seja a escalação de Diego Rolan. No gol, Martín Silva, do Vasco, substitui o também suspenso Muslera.
No Brasil, a única baixa é Gabriel Jesus, machucado. Roberto Firmino entra em seu lugar.

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