Volta ao desconhecido: F-1 novamente em Paul Ricard, mas desafio inédito para os pilotos

Rodrigo Gini
Hoje em Dia - Belo Horizonte
21/06/2018 às 20:54.
Atualizado em 10/11/2021 às 00:54
 (Circuit Paul Ricard/divulgação)

(Circuit Paul Ricard/divulgação)

Próximo de Marselha, não muito distante de Nice, mas fora do Mundial de F-1 desde 1990. O próximo desafio para os pilotos da categoria, na retomada da fase europeia, tem muito de novidade.

Afinal, Paul Ricard, o palco do GP da França, que por muitos anos foi referência em termos de instalações, quase fechou as portas no fim da última década do século passado e foi salvo por Bernie Ecclestone, até ano passado o homem-forte do circo.

O inglês, no entanto, não queria corridas no complexo, tanto assim que derrubou as arquibancadas. A ideia era transformá-lo numa gigantesca pista de testes, que ganhou a sigla de HTTT (High Tech Test Track).

Felizmente, ao longo dos anos, vários campeonatos voltaram a cavar um espaço para suas etapas no autódromo desde 2009, novas arquibancadas foram erguidas e o circuito (na verdade há possibilidade de desenhar 167 traçados diferentes) se transformou na opção óbvia para recolocar a França no calendário.

E se alguns pilotos têm lembranças da pista em categorias de acesso ou testes, não necessariamente andaram na configuração a ser usada, com 5.842m de extensão.

A grande maioria se valeu dos modernos simuladores para se sentir à vontade já a partir dos treinos livres de hoje. O vice-líder do campeonato, Lewis Hamilton (um ponto atrás do alemão Sebastian Vettel), garante que não se valeu do expediente e se limitou a uma volta de moto para memorizar as curvas e pontos de frenagem.

É justamente a falta de referências o fator que torna complicado fazer prognósticos sobre quem terá a vantagem no fim de semana – Ferrari ou Mercedes. Se a configuração da pista lembra a do Canadá, o que poderia pesar a favor dos italianos, desta vez não há os pneus hipermacios, que se mostraram a dor de cabeça dos alemães.

Há quem aposte ainda que, apesar das duas longas retas, a pista não favoreça as ultrapassagens, o que tornaria a disputa pela pole ainda mais decisiva.

Mineiro
Curiosamente, a situação dos pilotos da Fórmula 2 é mais tranquila. Em março, antes do começo da temporada, eles fizeram a primeira grande sessão de treinos coletivos justamente no autódromo francês. E o mineiro Sérgio Sette Câmara andou sempre entre os primeiros com o carro da britânica Carlin.

Para o piloto de Belo Horizonte, trata-se de um recomeço depois da batida que o tirou da rodada dupla em Mônaco, provocou uma luxação no pulso direito e precisou ser submetido a uma cirurgia, feita pelo médico espanhol Xavier Bulló, que trabalha com a Moto GP.

Mesmo sem pontuar nas ruas do principado, ele aparece em sexto no campeonato e, liberado pelos médicos da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), acredita que pode iniciar no fim de semana a recuperação para ficar ainda mais próximo do líder e companheiro de equipe Lando Norris. “Espero começar a escrever uma nova página para esta temporada e, das 16 etapas que faltam para o Mundial, quero extrair o máximo de pontos”.

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