(Carlos Roberto)
Expectativa. Essa foi a tônica da entrevista coletiva concedida pelos atletas que subirão no octógono do UFC BH, no próximo sábado (23), no ginásio do Mineirinho. Nesta quinta-feira, em meio a debates sobre a edição 147 do evento e o tamanho que ele alcançou no Brasil, os competidores mediram as palavras e deixaram de lado as tradicionais provocações, mostrando respeito aos adversários. Até mesmo o protagonista da luta principal da noite, Wanderlei Silva, tentou polir a língua afiada. Mas em conversa exclusiva ao Portal Hoje em Dia, não deixou de alfinetar o rival, Rich Franklin.
Ciente da responsabilidade que é lutar em seu país, o “Cachorro Louco” se mostrou aberto ao desafio que lhe foi passado e prometeu um espetáculo ímpar aos fãs mineiros de MMA. Ao ser questionado se iria honrar o apelido, dado pelo seu estilo explosivo, Wanderlei não titubeou. “Todos esperavam que eu enfrentasse o Vítor Belfort, mas também estou preparado para encarar o Franklin. É um combate duro, de cinco rounds. Quero entrar focado, dar trabalho para ele no primeiro (round), para nocautear no segundo”, afirmou o lutador.
Sorridente e com uma calma peculiar que é um paradoxo de seu estilo agressivo dentro dos rings, Wanderlei aproveitou para agradecer a força do público mineiro. “O MMA é o segundo esporte do país. Os números provam o gosto do brasileiro pela luta. E é bom você chegar e receber esse carinho do público”, disse.
Ao ser questionado se a saída da Vítor e o pouco tempo para se adaptar ao estilo de Franklin, Wanderlei preferiu enaltecer o rival. “Meu adversário tem as mesmas características do anterior, não tive que trocar tanto. Nos conhecemos, já nos enfrentamos e será uma grande luta, mas ele só vai ganhar de mim se me matar”, disparou o Cachorro Louco.
Paciência e respeito
Sem lutar desde fevereiro de 2011, quando saiu derrotado do octógono no duelo contra Forrest Griffin, Rich Franklin terá a dura missão de encarar Wanderlei Silva e cerca de 15 mil torcedores que apoiarão o lutador brasileiro. Ainda que o clima seja desfavorável, o sósia do Jim Carrey agradeceu a oportunidade e mostrou que não teme a pressão.
“Estava em Cingapura quando recebi a notícia que o Vítor tinha quebrado a mão. Na hora já imaginei que o UFC iria me ligar, o que realmente aconteceu no dia seguinte. Ao conversar com meus treinadores, decidi lutar. Sabia de toda a apreensão devido às polêmicas com o Chael Sonnen com os brasileiros. Mas o público me recebeu bem, dei autógrafos, tirei fotos. Sei que vou ter uma torcida contra, mas, lá dentro, vou escutar meus corners e focar na vitória”, disse.
Confira o especial do UFC