Xadrez dá 'xeque-mate' na falta de concentração

Gláucio Castro - Hoje em Dia
12/12/2015 às 08:18.
Atualizado em 17/11/2021 às 03:18
 (Arquivo Pessoal)

(Arquivo Pessoal)

Anna Carolina Campos, 17 anos, adora sair com as amigas, ler e ouvir música. Mas ela troca qualquer programa por uma boa partida de xadrez. Além de ser sua diversão favorita, a prática do esporte tem ajudado muito a estudante no dia a dia, principalmente nos estudos.

“Minhas notas melhoraram muito. É uma terapia para mim. O xadrez aumentou bastante minha capacidade de concentração ”, comemora a jovem. Essa situação foi importantíssima para Anna ganhar um aliado importante na carreira de enxadrista.

“No início, meu pai não gostava muito. Eu comecei a competir e viajar. Aí ele achava que ia me atrapalhar na escola. Mas ele viu que aconteceu justamente o contrário e hoje me apoia”, relembra Anna, campeã mineira sub 16 e vice campeã brasileira escolar. Atualmente, inclusive, ela é professora da Casa do Xadrez.

Apesar da paixão pelo xadrez, Anna reclama da falta de apoio. Para conseguir o patrocínio do Bolsa Atleta, programa do governo federal de incentivo ao esporte, ela foi obrigada a competir pelos estados de São Paulo e Santa Catarina. “Tentei conseguir patrocínio aqui em Minas Gerais, mas é muito difícil. As pessoas não consideram muito o xadrez como esporte e isso prejudica bastante”, pondera.

“Nem ligava”

O primeiro contado de Anna Carolina com o xadrez veio quando ela tinha apenas 9 anos e estudava na Escola Municipal Lídia Angélica, no Bairro Planalto, Região Norte de Belo Horizonte.

Minha mãe sempre me incentivou a jogar, mas eu nunca dei muita importância. Nem ligava. Mas aí um professor da escola montou um grupo para dar aulas. Eu comecei e gostei muito. Desde essa época não parecei mais e não quero parar nunca”, garante a enxadrista.

Para melhorar sua capacidade de raciocínio, Anna treina diariamente com a ajuda do computador e de livros. “Tem muito material interessante para eu pesquisar e aprender mais. Como nem sempre tem gente disponível para jogar, é uma ótima alternativa”, explica a jovem, que se prepara para o vestibular de Ciência Social.

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