Zanetti vira porta-voz da ginástica por melhor estrutura

Nathalia Garcia
11/03/2014 às 08:42.
Atualizado em 20/11/2021 às 16:33
 (Martin Bernetti)

(Martin Bernetti)

Desde que faturou o ouro olímpico em 2012, Arthur Zanetti assumiu o papel de porta-voz da ginástica masculina e tem brigado por melhores condições para os companheiros. "Vou fazer o máximo para sempre ajudar todo mundo, não só as atletas de São Caetano (do Sul, em São Paulo). A gente sabe que não é fácil e precisa ter uma voz que chame atenção".

Em fevereiro, mobilizou os companheiros do clube Serc Santa Maria, em São Caetano do Sul, a cruzarem os braços por um dia. A greve deu resultado e a prefeitura pagou os salários atrasados. Zanetti não sabe se a paralisação é o melhor caminho a ser seguido, mas fica satisfeito pela situação ter sido solucionada. "Sei que funcionou e a gente foi ouvido. Se outro atleta fizer essa ação, não sei dizer se vai dar certo para ele", analisou.

Com a proximidade dos Jogos do Rio, em 2016, o ginasta fica na expectativa para a construção de mais centros de treinamento de alto nível e alerta para alguns problemas como a superlotação do Pinheiros, que recebeu os atletas do Flamengo após o fim das atividades da modalidade. Em seu clube, exalta a aparelhagem, mas reclama de goteiras quando chove.

Essa é mais uma demonstração do pensamento coletivo de Arthur Zanetti. Para ele, o grupo está em primeiro lugar sobretudo nas competições. "Se você perguntar para cada um, todo mundo vai falar em equipe porque sabe o quanto é difícil trabalhar. Queremos uma melhor pontuação para levar a equipe completa para a Olimpíada".

É claro que ele também foca em seus resultados individuais e, no Rio, tem a tarefa de defender o ouro nas argolas. Para repetir a conquista, o atleta acredita que precisará ser mais cauteloso e detalhista e prevê um caminho complicado. Com isso em mente, vai trabalhar para dificultar a sua série e aumentar a sua nota de partida.

Com a evolução apresentada pelos adversários no Mundial na Antuérpia, na Bélgica, em outubro do ano passado, conta que sentiu uma grande pressão para subir ao lugar mais alto do pódio. Mas explica que tem trabalhado o lado psicológico para não se desestabilizar com a influência externa e ainda aponta que essa responsabilidade pode ficar mais leve com o apoio dos brasileiros. "Com certeza defender o título é muito pior. No Mundial, coisinhas pequenas iam me fazer sair do primeiro para o segundo lugar. Lógico que estar em casa é um ponto positivo para mim, mesmo assim vai ser mais difícil", afirmou.
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