Ex-ministro peruano é investigado por suposto pagamento de propina da Odebrecht

Estadão Conteúdo
22/11/2017 às 14:58.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:49
 (Presidencia Peru)

(Presidencia Peru)

A Procuradoria-Geral do Peru investiga um ex-ministro do presidente Pedro Pablo Kuczynski supostamente envolvido com pagamento de propina pela Odebrecht. O procurador anticorrupção Hamilton Castro disse, nesta quarta-feira, (22), que está investigando o ex-ministro de Defesa Mariano González por delitos de lavagem de dinheiro e tráfico de influência junto a outras três pessoas. Ele não entrou em detalhes.

O procurador que coordena a equipe especial anticorrupção, César Zanabria, disse à imprensa que "não se descarta que haja implicações neste governo". Uma equipe especial de procuradores invadiu 12 propriedades em Limas na noite desta terça-feira, (21), "em uma investigação por suposto pagamento de propina da Odebrecht a uma campanha presidencial", disse o Ministério Público peruano em seu perfil oficial no Twitter.

González, um advogado que foi próximo de Kuczynski durante a campanha presidencial, admitiu ao jornal El Comercio que realizou uma consultoria à Odebrecht entre 2015 e 2016, serviço pelo qual recebeu uma quantidade de dinheiro que não revelou. A Procuradoria ordenou a prisão do ex-ministro, mas o juiz Manuel Chuyo negou essa possibilidade porque González goza de imunidade parlamentar por ser membro do Parlamento Andino até 2021.

O governo de Kuczynski não tem comentado o caso, mas há uma semana, o presidente negou de forma pública ter recebido dinheiro da Odebrecht nas campanhas presidenciais de 2011 e 2016. González foi ministro de Kuczynski, mas renunciou em novembro porque teria tido um caso uma funcionária do Departamento, com quem se casou em maio.

A Odebrecht admitiu ante a Justiça americana em 2016 que pagou propina para ganhar licitações de obras públicas durante os governos de Alejandro Toledo, Alan García e Ollanta Humala entre 2001 e 2016. No Peru, também está sendo investigada a ex-candidata à presidência Keiko Fujimori, cujo partido comanda o Parlamento.Leia mais:
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