(Divulgação)
Quando se fala em videogames antigos no Brasil é muito provável que os nomes de Master System e Mega Drive surjam rapidamente. Os dois consoles da Sega fizeram muito sucesso por aqui e lá fora e projetaram a marca japonesa como uma das grandes competidoras do mercado.
Mas a dinastia da Sega foi curta, principalmente com o Mega Drive, que estreou em 1989 e atropelou as vendas do NES (Nintendo 8 Bits) e fez a Big N correr para finalizar o Super Nintendo.
Mas a Sega não conseguiu sustentar o sucesso do Mega Drive com a chegada do Saturn. O console encontrou concorrência pesada com Nintendo 64 e com o revolucionário PlayStation, que chegou com um tsunami no mercado de games.
Para tentar concorrer com o console da Sony, a Sega lançou em 1998 o Dreamcast. Foi um projeto moderno e audacioso, capaz de reproduzir com fidelidade jogos de fliperama da marca.
Ele foi o primeiro console 128 bits do mercado e era equipado com processador Hitachi SH-4 de 200 MHz e 16 MB de RAM, além de outros 8 MB dedicados para processamento gráfico e 2 MB para áudio.
Além disso, o console trazia uma inovação. Foi o primeiro a contar com conexão à internet. Ele tinha uma saída para se conectar à rede telefônica e um modem de 56 kpbs interno. Para a época era algo que fazia inveja na maioria dos computadores domésticos que ainda não tinham esse recurso.
Tudo isso fazia do Dreamcast uma máquina revolucionária, que poderia acoplar quatro joysticks, tinha um desenho futurista e lembrava uma raia. O controle poderia receber um acessório com tela de cristal líquido.
A Sega elaborou uma estratégia agressiva para emplacar o Dreamcast, levou franquias dos arcades para o game, como “Crazy Taxi” e firmou parcerias com estúdios. Tudo para oferecer o máximo de conteúdos em primeira mão.
O console foi bem recebido e parecia que iria devolver os dias de glória à Sega. Mas ela não contava que em março de 2000 a Sony lançaria o PS2, que se tornaria o console mais vendido da história e jogaria a pá de cal de uma vez por todas na produção de consoles da Sega.
Mesmo assim, o Dreamcast acumulou 9,5 milhões de unidades vendidas. Uma delas está muito bem guardada no meu armário de games.