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Oxenfree 2 coloca jogador num intrigante game com fraturas temporais

Marcelo Jabulas
@mjabulas
12/08/2023 às 21:17.
Atualizado em 05/09/2023 às 21:20
 (Netflix Games)

(Netflix Games)

O inexplicável e sobrenatural são ingredientes poderosos na Netflix. Foi a mistura desses dois itens que fez com que “Stranger Things” se tornasse um dos maiores sucessos da plataforma e das séries de TV. Mas a Netflix sabe que não tem maratona de episódios e temporadas que consuma tantas horas como um game. É por isso que ela decidiu entrar no mercado de jogos.

E a mais recente produção da Netflix é “Oxenfree 2”, sequência do game de 2016 que chega para PC, PS5, PS4, Nintendo Switch, Android e iOS. Gratuito para dispositivos móveis e com preços que variam de R$ 100 a R$ 105 nos consoles, o game é intrigante.

O jogador assume o papel de Riley, uma pesquisadora que faz parte de um grupo que estuda fenômenos de rádio em uma ilha. O game começa com a jovem confusa se estava sonhando ou não. Encontra um farol e descobre um portal.

A jovem surge em uma estação de ônibus, dando início à pesquisa. Ela precisa instalar transmissores. Na primeira instalação um fenômeno transporta a jovem para o ponto de partida. À medida que a trama avança, Riley percebe que está presa em um looping temporal ou uma espécie de sonho.

Na mescla de Déjà Vu com alucinação, Riley e o jogador não sabem se tudo aquilo é um delírio ou um fenômeno inexplicável. A repetição de caminhos leva a novos loopings. Elementos e lugares ganham novas funções, como se fosse um Roguelike, mas sem foco no combate, mas na exploração e solução dos mistérios.

Gráficos

“Oxenfree 2” tem um visual agradável, não se trata de um jogo com efeitos refinados e realistas. Mas há um capricho nos cenários e no grande mapa do game. O visual tem um estilo aquarela, com elementos bem definidos. Tudo é muito agradável, seja na tela grande de uma TV ou no smartphone.

Jogabilidade

A jogabilidade de “Oxenfree 2” lembra um game de estilo adventure. Mas o jogador tem mais liberdade de movimento e não precisa dos cliques nos pontos do cenário.

É um game que remete a produções como “Thimbleweed Park”. É preciso percorrer cenários várias vezes para encontrar as peças de um quebra-cabeças gigantesco.

Trata-se de um jogo interessante. O começo é um pouco arrastado e o personagem secundário, Jacob, é um tanto cansativo. Mas à medida que Riley se prende em seus loopings, a trama ganha corpo e se torna mais desafiadora.

Mas a recomendação é experimentar o game em um dispositivo móvel. Para saber se vale a pena investir os R$ 100 numa edição para console ou computador. O game é o mesmo, mas o conforto da tela grande pode compensar o investimento.

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