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'Street Fighter 6' chega ao mercado trazendo evoluções visuais, mas manteve a essência da franquia

Marcelo Jabulas
@mjabulas
Publicado em 03/06/2023 às 08:51.
 (Divulgação)

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Não há como negar que “Street Fighter 2” é um dos games mais populares da história. Lançado em 1992, o título salvou a franquia da Capcom e a transformou em sinônimo de jogo de luta. 

Ao longo de mais de 30 anos, a Capcom bebe na fonte de “SF2” e agora acaba de lançar “Street Fighter 6”, que chega com o desafio de ser manter atrativo diante do universo dos jogos online, metaverso, TikTok e outras tendências contemporâneas. 

O título tem versões para PS5, Xbox Series X/S e PC, o game ainda contará com edição para PS4. Com preço de R$ 280, a Capcom quer se redimir dos erros do passado.

A crítica especializada classificou o game com nota 92, no indexador Metacritics. No dia 31 de maio foram publicadas 69 análises tecendo flores ao jogo. Um ufanismo um tanto exagerado e que nem sempre condiz com as percepções de quem pagou pelo jogo.

O game tenta combinar tendências atuais com antiga receita do game que definiu um gênero. Com três modos de batalha: Fighting Ground, World Tour e Battle Hub, “Street 6” quer se modernizar como “Roblox”.

De fato os novos modos são apenas caminhos para os intermináveis duelos. Mas vale a pena falar um pouco sobre o Battle Hub. Nesse modo, o jogador cria seu personagem para percorrer o modo campanha em cenários retirados dos games da Capcom.

O jogador pode definir o visual do personagem, participa de treinamentos e percorre as ruas em busca de desafios para aprimorar suas habilidades. O game oferece lojas de roupas, lanchonetes. Nada que não seja novidade em RPGs online, mas uma primazia num game de luta.

Foi uma maneira mais atrativa que games de luta atuais que criavam uma novelinha para dar sentido as lutas. “Marvel vs Capcom Infinite” bebeu nessa fonte melancólica.

Mas a principal preocupação foi limpar a barra com os jogadores. “Street Fighter V” foi criticado pelo excesso de itens bloqueados e vendas de conteúdos. Tudo sem dizer falhas gráficas e imprecisões de comandos.

Mas voltando a “SF6”, o game traz cenários bem desenhados, cheios de efeitos, animações que transformam o game num carnaval, como “Mortal Kombat 11”.

Os personagens passaram por mudanças. Dhalsim barbudo, Blanka vestindo jardineira e E. Honda de shortinho sob as vestes. A Capcom tomou cuidado para não deixar o game tão sexista. Nada de Cammy com maio “atochado”. A produtora não quer ser ofensiva. 

Ao todo são 18 personagens, com o time de veteranos que também inclui Ryu, Ken, Chun-li, Guile, Zangief, Dee Jay, Juri e Luke. Os novatos Jamie, Kimberly, Marisa, JP, Lily e Manon completam o plantel. Akuma, Ed e Rashid e o estreante A.K.I. chegaram durante o ano como personagens adicionais.

Mas o que importa em “Street Fighter” são as lutas. A mecânica de combate é o ponto alto. Para agradar a molecada nova, o game oferece um controle moderno em que cada botão tem a intensidade de golpe: fraco, médio, forte e especial. Assim, nada mais de três botões de soco e chute. 

Quem quiser aplicar comandos no analógico para aplicar golpes especiais fique à vontade, mas basta pressionar o botão do especial para que sejam desferidos petardos poderosos. Para turma da velha guarda, pode ser simplista demais, mas torna o jogo mais dinâmico e democrático. O lutador ainda tem barras de especial e outros recursos para prolongar cada round. Afinal, não se trata mais de um jogo acelerado para ser rentável nos fliperamas. Assim, após 36 anos. “Street Fighter” luta contra tudo e todos para se manter no topo, como todo lutador.

  

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