Indispensável há 30 anos

'Super Mario All-Stars' compilou NES, mas com acabamento 16 Bits do Super Nintendo

Marcelo Jabulas
@mjabulas
Publicado em 23/07/2023 às 08:59.
 (Divulgação)

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Se existe um personagem que simboliza o videogame, esse sujeito é Mario. O bombeiro bigodudo construiu fama no NES. Foram quatro games para o console 8 Bits da Nintendo. Um deles inclusive era desconhecido do público ocidental até meados de 1993.

E o público só descobriu porque a Big N resolveu reeditar os quatro primeiros jogos na coletânea “Super Mario All-Stars”, publicado em 14 de julho de 1993 e menos de um mês depois nos Estados Unidos. O cartucho levou para o Super Nintendo os games redesenhados, com áudio em estéreo e uma paleta de cores infinitamente superior às edições originais.

A coleção trazia os games: “Super Mario Bros”, “Super Mario Bros: The Lost Levels”, “Super Mario Bros 2” e “Super Mario Bros 3”. A grande novidade da época foi “The Lost Levels”.

Esse game foi publicado em 1986 apenas no mercado japonês. Ele era uma espécie de sequência direto do game original. Rezam os alfarrábios dos games que os executivos da Nintendo of America queriam um segundo jogo, devido ao bom desempenho do título original. No entanto, não engoliram “The Lost Levels”.

De fato, o game é praticamente o mesmo jogo. Os gráficos são muito parecidos, tanto na versão original, como na edição para “All-Stars”. O jogo trouxe novos elementos como o cogumelo envenenado que pode encolher ou tirar vida de Mario. 

Fora isso, é muito parecido. Assim, o game saiu apenas no Japão, mas acabou anexando a coletânea dos Super Nintendo, sete anos depois. 
Para satisfazer os norte-americanos, a Nintendo improvisou. Ela não teria como desenvolver um novo jogo a partir do zero em tempo recorde. A solução foi converter um game do Famicom Disk, exclusivo do mercado japonês, em um novo “Super Mario”.

Assim, a Big N converteu “Yume Kojo: Doki Doki Panic” e se transformou em “Super Mario 2”, apenas trocando os personagens. No jogo original, o jogador poderia escolher quatro personagens de características da cultura muçulmana. 

Como “Super Mario Bros” tinha opção apenas de Mario (player 1) e Luigi (player 2), a Nintendo escalou a Princesa Peach e Toad para cumprir o elenco. Com criaturas, músicas e cenários completamente diferentes do game anterior, o jogo agradou aos americanos e ajudou a dar formato a elementos que seriam utilizados nos jogos posteriores.

Assim, “Super Mario 2” estreou em 1988 e deu o tempo necessário para que a Nintendo desenvolvesse “Super Mario 3”, que é considerado como o melhor game de toda franquia.
“Super Mario 3” é uma obra de arte. O game tem uma estética que simula uma peça de teatro. Os elementos das fases são peças cenográficas, com direito a cabos e tapumes.

O game é dividido em oito mundos, como no jogo original. A diferença é que o jogador pode percorrer o mapa de cada mundo, pegar atalhos e até enfrentar novos desafios. 
“Super Mario 3” permitiu que Mario pudesse voar com a folhinha. Esse elemento permitiu que o game se verticalizasse, função que seria fundamental em “Super Mario World”.

Assim, “Super Mario All-Star” uniu toda a primeira fase da franquia em um único cartucho. Ele permitiu e ainda permite que se conheça a evolução da série e até mesmo maracutaias de bastidores.

Para quem tem um Super Nintendo, esse cartucho é obrigatório na coleção. Uma unidade usada varia de R$ 100 a R$ 200 no Mercado Livre. Para quem não tem um Super NES em casa, é possível jogar a coletânea no Nintendo Switch, apenas com a assinatura Switch Online, que dá acesso a games dos consoles antigos. Tem que jogar!

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