Justiça

Acusado de vazar fotos da autópsia de Marília Mendonça é condenado a 10 anos de prisão

Ele cumprirá 8 anos de reclusão, mais 2 anos e 3 meses de detenção por diversos crimes

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
28/09/2023 às 18:22.
Atualizado em 28/09/2023 às 18:36
 (Reprodução redes sociais)

(Reprodução redes sociais)

O homem que confessou ter vazado fotos da autópsia dos cantores Gabriel Diniz e Marília Mendonça - mortos em acidentes aéreos registrados, respectivamente, em 2019 e 2021 - foi condenado pela Justiça do Distrito Federal nesta quinta-feira (28), a 8 anos de reclusão e 2 anos e 3 meses de detenção por diversos crimes.

O magistrado manteve a prisão de  André Felipe de Souza Alves Pereira, que estava detido desde 17 de abril. O regime inicial de cumprimento da pena será semiaberto. 

Conforme sentença publicada na quarta-feira (27), acessada e divulgada pelo O Globo, o juiz Max Abrahao Alves de Souza, da 2ª Vara Criminal e Santa Maria, relatou que André Felipe teve o objetivo de "humilhar e ultrajar" os artistas com o vazamento das fotos. 

Veja a lista dos crimes

  • Vilipêndio a cadáver: um ano de detenção para cada crime (Marília Mendonça e Gabriel Diniz)
  • Divulgação do nazismo: dois anos de reclusão
  • Crime de xenofobia: dois anos de reclusão
  • Crime de racismo de procedência nacional: dois anos de reclusão
  • Uso de documento falso: um ano de reclusão
  • Crime de atentado contra serviço de utilidade pública: um ano de reclusão
  • Incitação ao crime: três meses de detenção

Para o crime de vilipêndio a cadáver, André Felipe realizou "confissão expressa e espontânea", confirmando ser o responsável pelo perfil ODIM HIEDLER (@Odim_XXX) no Twitter (agora X), para divulgação de links que continham imagens dos cadáveres de Marília e Gabriel. A acusação também foi confirmada por um laudo pericial no celular dele.

Através do mesmo perfil, André Felipe também teria realizado "postagens ameaçadoras, com armas de fogo e racistas". O acusado negou ter veiculado símbolos vinculados ao nazismo na mesma conta, mas o juiz considerou que o acusado fez "inequívoca divulgação do nazismo" ao utilizar um nome vinculado a Adolf Hitler e uma foto de perfil com uma cruz suástica/gamada.

Segundo a sentença acessada pelo O Globo, André Felipe também confessou ter cometido racismo de procedência nacional e xenofobia. Ele chamou nordestinos de "escória", sugerindo que fossem colocados em campos de concentração. Quanto a xenofobia, o réu publicou que a miscigenação de culturas e nações causou a destruição de povos.

André Felipe também confessou ter feito uso de documento falso quando foi abordado e preso, em 17 de abril. "Materialmente verdadeiro", o documento apresentava o número do Cadastro de Pessoa Física (CPF) de outra pessoa.

Ainda, ele confirmou ter cirado um perfil em homenagem a Dylan Klebold, um dos autores do Massacre de Columbine, por onde publicou mensagens violentas incentivando mortes com armas de fogo.

Já sobre a acusação de incitação ao crime, foi informado pelo O Globo que o réu confirmou ter feito postagens que estimulavam a prática de homicídios contra desafetos. 

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