ALTA DOS COMBUSTÍVEIS

Após reajuste de 10% no valor do frete, tanqueiros de Minas descartam greve

Leíse Costa
leise.costa@hojeemdia.com.br
18/03/2022 às 20:02.
Atualizado em 18/03/2022 às 20:07
 (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

(Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Os tanqueiros de Minas Gerais confirmaram, na tarde desta sexta-feira (18), que a categoria foi atendida pelas principais distribuidoras de combustíveis do estado com um reajuste de 9,96% no valor do frete. Com isso, os transportadores de derivados de petróleo do estado descartaram a possibilidade da categoria entrar em greve.

A informação  foi divulgada durante uma coletiva de imprensa promovida pelo Sindtanque-MG (Sindicato dos Transportadores de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais).

De acordo com o sindicato, as distribuidoras reajustaram o valor do frete dos transportadores de combustíveis e de derivados de petróleo em Minas, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Goiás e Distrito Federal, após a Petrobras reajustar o valor do diesel nas refinarias em 24,9% na última semana.

Para Irani Gomes, presidente do Sindtanque-MG, o reajuste veio como um alívio para os transportadores, mas não resolve a situação dos tanqueiros, já que o frete continua defasado em cerca de 30%, devido às constantes altas dos combustíveis.

Segundo Irani, para categoria, a solução é a implantação de uma nova política de reajustes de preços dos combustíveis e redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do diesel nos estados.

"No caso de Minas, a nossa luta é pela redução dos atuais 14% ao menos para os 12% que vigoravam em 2011. Mas, o ICMS dos combustíveis poderia ser de no máximo 7%, que, mesmo assim, os governos estariam lucrando", afirma.

Para o sindicalista, os projetos em tramitação e os recentemente aprovados pelo Congresso Nacional, com o objetivo de reduzir os preços dos combustíveis no país, "não vão servir para nada, pois não se traduz em nenhum avanço para amenizar a situação de penúria em que os transportadores brasileiros se encontram”, disse.

Irani também defendeu a extinção da política de Paridade de Preço de Importação (PPI), adotada pela Petrobras em 2016, no governo de Michel Temer. "É preciso voltar ao que era antes de 2016, pois o mercado brasileiro não tem capacidade de suportar a precificação baseada na cotação internacional".

Leia mais: 

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por